terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Viola Caipira






Viola caipira, também conhecida como viola sertaneja, viola nordestina, viola cabocla e viola brasileira, é um instrumento musical de cordas. Com suas variações, é popular principalmente no interior do Brasil, sendo um dos símbolos da música popular brasileira.

Tem sua origem nas violas portuguesas, oriundas de instrumentos árabes como o alaúde. As violas são descendentes diretas da guitarra latina, que, por sua vez, tem uma origem arábico-persa. As violas portuguesas chegaram ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país e passou a ser usada pelos jesuítas na catequese de indígenas. Mais tarde, os primeiros caboclos começaram a construir violas com madeiras toscas da terra. Era o início da viola caipira.

Existem várias denominações diferentes para Viola, utilizadas principalmente em cidades do interior: viola de pinho, viola caipira, viola sertaneja, viola de arame, viola nordestina, viola cabocla, viola cantadeira, viola de dez cordas, viola chorosa, viola de queluz, viola serena, viola brasileira, entre outras.

A viola caipira tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Existem diversos tipos de afinações para este instrumento, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são Cebolão, Rio Abaixo, Boiadeira e Natural.

A disposição das cordas da viola é bem específica: 10 cordas, dispostas em 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados na mesma nota e mesma altura, enquanto os demais pares são afinados na mesma nota, mas com diferença de alturas de uma oitava. Estes pares de cordas são tocados sempre juntos, como se fossem uma só corda.

Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta, dedeira ou principalmente unhas compridas, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz.
No Brasil, é um instrumento tradicional, musicas entoadas em suas cordas atravessaram décadas e gerações e até hoje estão presente no nosso dia a dia da cultura brasileira.
Em Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul dentre outros, a viola tem destaque na musica, onde a tradição da moda de viola é passada de geração em geração. A viola é um instrumento com um potencial fora do normal. O músico e instrumentista já falecido Renato Andrade comprovou isso em meio de estudos em que conseguiu imitar instrumentos como:Harpa de concerto,Harpa Paraguaia,Guitarra Portuguesa, Bandolim Napolitano,Balalaica Russa,e como ele sempre dizia,também imita a viola!

Em Dourado, Cabral, como é carinhosamente conhecido pelos amigos, tem se dedicado desde o ano de 1994 a confecção da viola caipira. Para a fabricação deste instrumento musical prepara, antes de tudo, o material adequado, selecionando a melhor madeira que irá servir a um melhor som.









Em companhia dos amigos a afinação prepara o ensaio.
Em pé: Nandão.
Sentados da esquerda à direita: Cabral, Seu Miguel, Jagunço e Mirandinha.

Guarda, carinhosamente, em seu salão, pois também trabalha como cabeleireiro, lembranças da visita do amigo Mazinho Quevedo, que é considerado um dos maiores propagadores e estudiosos da cultura caipira.





Quadro autografado por Mazinho Quevedo ao amigo.


Esta é uma homenagem a todos que valorizam suas raízes e respeitam a sua identidade cultural. Estas referências históricas de memória e de cultura contribuem para a formação da identidade do indivíduo e da coletividade. Parabéns aqueles que mantém viva sua história e preservam ainda suas origens e tradições.




Viola ao lado num antigo debulhador de milho do início do século XX.



No Folclore a viola está presente em diversas manifestações brasileiras, como Catira, Fandango, Folia de Reis, e outras, pelo Brasil afora.
 

 




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




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terça-feira, 20 de setembro de 2011

História da Avenida da Saudade



Década de 60 - Início da Avenida da Saudade e Final da Rua Dr. Marques Ferreira- Tempos de prosperidades- Fábrica do Baby (Cotonifício Santo Ignacio S/A, Hoje ACIND)- novos pavilhões, ao fundo a casa sede/gerência, Capela de Nossa Senhora Aparecida e do lado direito a fachada das oficinas da "Douradense". Foto compartilhada com Déo em outubro/2013.




A Avenida da Saudade, em Dourado, SP, é uma das principais vias de acesso ao centro da cidade.
Podemos destacar, neste ínterim, importantes pontos que estão localizados em nossa avenida, como o Velório Municipal, o Centro Cultural Miltes Bueno Galassi, a Agência dos Correios, o Parque São Pedro, ACIND (Associação Comercial e Industrial de Dourado), e o comércio local. Localizada entre a SP 215 e a rua Dr. Marques Ferreira a Avenida foi de 1900 a 1960 o palco de um importante processo de desenvolvimento econômico à região, pois por ela escoava a produção de café e diversas outras culturas contribuindo com a expansão de diversas fazendas através da Cia das Estradas de Ferro.

A Douradense, como ficou conhecida, iniciou o projeto de construção em Agosto de 1899. Em outubro de 1900 foram abertos os primeiros dez quilômetros até Ferraz Salles, partindo de Ribeirão Bonito, onde, na época, era a estação final da Cia Paulista. Por mais de seis décadas a Douradense impulsionou a vida da cidade, tornando-se o centro de tudo o que acontecia.

Aqui ficava o Complexo Ferroviário da Cia Estrada de Ferro do Dourado, a Douradense.(Mapa Aéreo)


A chegada e a partida dos trens da Companhia de Estrada de Ferro Douradense, na estação, ainda pode ser lembrada por muitos douradenses, onde o apito da “Maria Fumaça” aos domingos à tarde era acompanhado por grande multidão.

Este ano a Douradense completaria 111 anos se o governador Laudo Natel, em 1966, não tivesse assinado uma lei tirando-a do mapa do Estado de São Paulo.

No dia 15 de setembro, inicia-se uma etapa de revitalização ou reestruturação da Avenida da Saudade pela Prefeitura Municipal.

Os locais dotados de valor expressivo à história, como a Avenida da Saudade, possuem uma herança histórica da verdade, são transmitidos de geração a geração e a sua conservação retrata a memória do que fomos e do que somos, a nossa identidade cultural. O respeito ao patrimônio cultural e expressões culturais ainda retratam cidadania e civilidade.



Cidadania (do latim, civitas, "cidade")é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.

Civilidade é o respeito pelas normas de convívio entre os membros duma sociedade.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 


Avenida da Saudade, saída ao trevo (SP 215).
















Homenagem aos Ferroviários.


Praça dos Ferroviários.



Ruas e Bairros de Dourado.




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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Origem Caipira





O caipira por Vanda Catarina P. Donadio

Caipira é uma denominação tipicamente paulista. Nascida da primeira miscigenação entre o branco e o índio. "Kaai 'pira" na língua indígena significa, o que vive afastado, ("Kaa"-mato ) ( "Pir" corta mata ) e ( "pira"- peixe). Também o cateretê, inicialmente uma dança religiosa indígena, na qual os Índios batiam palmas, seguindo o ritmo da batida dos pés, deu origem a "catira". A catira passou a ser um costume de caboclos, antigamente chamados de "cabolocos". Com o avanço dos brancos em direção ao Mato Grosso e Paraná a cultura caipira foi junto, levada principalmente pelos tropeiros. Hoje o termo "Caipira" generalizou-se sendo para o citadino uma figura estereotipada. Mas esse ser escorregadio e desconfiado por natureza, resiste às imposições vindas de fora. Tem uma espécie de cultura independente, como a dos Índios. Infelizmente alguns intelectuais passaram de modo errôneo a imagem do caipira. Hoje as festas "caipiras" que se encontram nas cidades e nas escolas não passam de caricaturas de uma realidade maior. Foi criada uma deturpação do que o povo brasileiro possui de mais profundo e encantador em suas raízes. "A primeira mistura", a pedra fundamental. O falar errado do caipira não é proposital. Permanecendo ele afastado das cidades, mantém no seu dialeto, muito conhecimento, que o homem da cidade já perdeu, com sua prosperidade aparente. O caipira conhece as horas apenas olhando para o céu e vendo a posição do sol. Sabe se no dia seguinte virá chuva ou não, pois conhece a fundo o mundo natural. Tem um chá para cada doença, uma simpatia para cada tristeza... Para o citadino o caipira virou motivo de divertimento, quando deveria ser o exemplo de amor à terra. Do antepassado Índio ele herdou a familiaridade com a mata, o faro na caça, a arte das ervas, o encantamento das lendas. Do branco a língua , costumes, crenças e a viola, que acabou sendo um dos símbolos de sua resistência pacífica. Muitos são os ritmos executados na viola, da valsa ao cateretê. Temos Cateretê baião; Chula polca; Toada de reis: Cateretê- batuque, Landú, Toada; Pagode, etc. Apesar de parecer um homem rústico, de evolução lenta, nas suas mãos calejadas ,ele mantém o equilíbrio e a poesia da fusão duas etnias. E traduz seu sentimento acompanhado da viola, companheira do peito, onde canta suas esperanças, tristezas e as belezas do nosso país. A música rural, criativa , contrapõe-se aos modismos vindos do exterior. Ainda é uma forma resistente de brasilidade, feita por um do povo que conhece muito o chão do nosso país. Hoje estão querendo fazer uma fusão cultural, a do "caipira" com o "country" americano. O que se vê, é gente fantasiada de "cowboy", mas que não sabe sequer em qual fase da lua estamos...Para homenagear o verdadeiro caipira paulista aqui temos uma música bem conhecida:, cantada pelo jovem violeiro Rodrigo Matos, composição de Cacique e Carreirinho;


Pescador e Catireiro ( Cacique e Pajé)

Comprei uma mata virgem /Do coronel Bento Lira
Fiz um rancho de barrote /Amarrei com cipó cambira
Fiz na beira da lagoa /Só pra pescar traíra
Eu não me incomodo que me chamem de caipira /No lugar que índio canta
Muita gente admira /Canoa fiz de paineira
Varejão de guaruvira /A poita pesa uma arroba
Dois remos de sucupira /Se jogo a tarrafa n' água
Sozinho um homem não tira /Capivara é bicho arisco quando cai
Na minha mira /Puxo o arco e jogo a flecha
Lá no barranco revira /Eu sou grande pescador
também gosto de um catira/Quando eu entro num pagode
não tem quem não se admira /No repique da viola
Contente o povo delira /Se a tristeza está na festa eu chego
Ela se retira /Bato palma e bato o pé
Até as moça suspira /Muita gente não conhece
O canto da corruíra /Nem o sabe o gosto que tem
A pinga com sucupira /Morando lá na cidade
Não se come cambuquira /É por isso que eu gosto do sistema do caipira
Pode até ficar de fogo /Ele não conta mentira




Vanda Catarina Pereira Donadio é escritora infanto-juvenil, professora de idiomas e contribui com suas publicações neste Blog preservando a cultura local.
Publicação autorizada pelo Site: http://www.violatropeira.com.br/origem.htm




Outras contribuições de Vanda neste Blog:






terça-feira, 6 de setembro de 2011

Recordações do Circo.


No final do mês de agosto Dourado recebeu a visita de um Circo (Circo Kirom) que permaneceu por duas semanas, aproximadamente, onde cativou o maior número de crianças e adultos.
Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades, como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros. Pelo lado da emoção nos reportamos à infância e damos lugar a risos e percebemos como é importante o lazer e o divertimento ao lado da família.

 

História

Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos 4 000 anos- mas o circo como o conhecemos hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. O primeiro a se tornar famoso foi o Circus Maximus, que teria sido inaugurado no século VI a.C., com capacidade para 150 000 pessoas. A atração principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Destruído por um grande incêndio, esse anfiteatro foi substituído, em 40 a.C., pelo Coliseu, cujas ruínas até hoje compõem o cartão postal número um de Roma. A Roma por sua vez, tem papel muito importante na história do circo.
Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. "Nasciam assim as famílias de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro".
Tudo isso, porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. Cavaleiro de 1 001 habilidades, o ex-militar inglês Philip Astley inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para exibições eqüestres. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista.
O sucesso foi tamanho que, 50 anos depois, o circo inglês era imitado não só no resto do continente europeu, mas atravessara o Atlântico e se espalhara pelos quatro cantos do planeta.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





























































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