quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Histórias da Segunda Guerra.


Entre 1942 e 1945, o Brasil foi integrante da aliança que combateu o Eixo. Provocado pelos ataques alemães em pleno litoral brasileiro, o país decidiu ir à guerra contra Hitler.
Agosto de 1942:

Uma carnificina no mar do Nordeste levou o governo a declarar guerra contra o Eixo. Um único submarino dos alemães afundou cinco embarcações - o que provocou quase 600 mortes. Ataques aconteceram em curtíssimo intervalo de tempo. E o presidente Vargas teve de agir.

Julho de 1944:

A Força Expedicionária Brasileira embarca para a Itália com 5.000 homens no seu primeiro batalhão; o cérebro da delegação militar nacional é o general Mascarenhas de Moraes. Preparação das tropas, contudo, é precária.


Outubro de 1944:
O 1º Grupo de Caça da FAB desembarcou na Itália para participar do teatro de operações; a preparação para os combates incluiu treinamento nos Estados Unidos e no Panamá; tropas foram entregues a comando americano.

Novembro de 1944:

Monte Castelo
Os pracinhas tomam Monte Castelo na quarta tentativa - e a conquista é estratégica para o prosseguimento da campanha Aliada pelos Apeninos. Derrotar os alemães tornara-se uma questão de honra para soldado da FEB.

Abril de 1945:
Montese:
Soldados travam em Montese a batalha mais sangrenta desde a Guerra do Paraguai. Força total do país expeliu alemães da cidade italiana - e assegurou uma passagem mais tranqüila dos aliados a caminho do vale do rio Pó.
Fonte Pesquisa:









Itália, 25 de Dezembro de 1944.
Minha boa mãe,
Saudações

Novamente aqui, nesta terra distante de minha Pátria querida, é que torno a escrever esta cartinha, afim de novo enviar as minhas pequenas notícias. É neste dia do menino Jesus, no nosso grande dia de Natal, que apesar de estar muito longe de todos que me querem bem, os meus pensamentos estão sempre voltados aí para todos. Sei perfeitamente que acharam falta da minha presença neste dia de Natal, mas tenho a dizer que espiritualmente estive ai presente. Quanto a mim Graças ao Nosso Bom Deus, a aos meus companheiros, passamos bem este Natal, que se passa.
Creio que já tenhas recebido a minha primeira carta e o meu telegrama. Sempre aqui estou bem, e cheio de saúde. A minha função é de datilógrafo. Mais uma vez, peço para que não fiquem pensativos em mim. Sempre bem e alegre.
Sinto muitas saudades do meu Brasil e de todos.
A minha maior dádiva seria em receber sempre uma carta de todos daí. Nem queira saber quanto é bom saber notícias de todos e da sagrada terrinha.
Como vai minhas irmãs? Justina, quando se casa? Maria como vai de noivado. E Zilda, o que ela me conta. Escreva-me logo sim? De-me notícias do Natalini e do Carlos.
Como vai o meu afilhado e os compadres. Estimo que estejam todos bons. Abraço na Verinha e no Valdir.
Beijos a Terezinha. Diga a ela que é a irmãzinha mais bonitinha da turma. E o Nilton já comprou uma fazenda? Escreva-me logo sim? Findo esta carta enviando recomendações a todos. Abraços ao pai, e desejo-lhes prósperos negócios. Este teu filho que pede abençoá-lo. Com muitos abraços”.

Germano.