Apesar
de poderem se referir à mesma bebida, as 3 palavras não
são sinônimas. Aguardente é o nome de qualquer
bebida obtida a partir da fermentação de vegetais
doces. Já cachaça é o nome da aguardente de
cana-de-açúcar.
Segundo Maria das Graças Cardoso, professora do único
curso de pós-graduação em tecnologia da cachaça
no país, o nome foi criado no Brasil,
no século 16, época dos grandes engenhos. Para o
Ministério da Agricultura, a denominação é
típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar
produzida aqui com graduação alcoólica de 38% a
48%, a 20ºC. Pela lei brasileira, há até
diferenças entre cachaça e aguardente de cana, que pode
ter entre 38% e 54% de graduação alcoólica.
Assim, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda
aguardente é cachaça.
Já
pinga é o nome vulgar da cachaça. Apesar de ninguém
ter certeza da sua origem, a história mais aceita diz que a
bebida ganhou o apelido dos escravos encarregados de um dos processos
finais da produção, a destilação. Quando
ferviam o caldo da cana-de-açúcar
nos engenhos, o vapor condensava no teto e pingava sobre eles.
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História.
Na
produção colonial de açúcar, cachaça
era o nome dado à primeira espuma que subia à
superfície do caldo de cana que estava sendo fervido. Ela era
fornecida aos animais ou descartada. A segunda espuma era consumida
pelos escravos, principalmente depois que fermentasse e também
passou a ser chamada cachaça. Posteriormente, com a destilação
da espuma e do melaço fermentados e a produção
de aguardente de baixa qualidade, esta passou a ser também
denominada de cachaça e era fornecida a escravos ou adquirida
por pessoas de baixa renda.
A
cachaça é uma bebida de grande importância
cultural, social e econômica para o Brasil, e está
relacionada diretamente ao início da colonização
do País e à atividade açucareira, que, por ser
baseada na mesma matéria prima da cachaça, forneceu
influência necessária para a implantação
dos estabelecimentos cachaceiros.
A
cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na
África.
Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o
açúcar e a cachaça. A descoberta de ouro
nas Minas
Gerais, traz uma
grande população, vinda de todos os cantos do país,
que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra
do Espinhaço.
A cachaça ameniza a temperatura.
Incomodada
com a queda do comércio da bagaceira e do vinho portugueses na
colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada
do ouro das minas, a Corte proíbe a partir de 1635 várias
vezes a produção, comercialização e até
o consumo da cachaça. Sem resultados, a Metrópole
portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756
a aguardente de cana-de-açúcar foi um dos gêneros
que mais contribuíram com impostos voltados para a
reconstrução de Lisboa,
destruída no grande
terremoto de 1755.
Para a cachaça são criados vários impostos
conhecidos como subsídios, como o literário, para
manter as faculdades da Corte.
Com o
passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção.
A cachaça é apreciada por todos. É consumida em
banquetes palacianos e misturada ao gengibre
e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso
quentão.
Atualmente.
O
total de produtores de cachaça em 2011 alcançou no
Brasil os 40.000, sendo que apenas cerca de 5.000 (12%) são
devidamente registrados. Por ser uma bebida popular que vem há
séculos acompanhando o povo brasileiro, é conhecida por
inúmeros sinônimos como abençoada, abrideira,
água que passarinho não bebe, amnésia, birita,
codório, conhaque brasileiro, da boa, delas-frias, danada,
divina, espevitada, espírito, fava de cheiro, fia do sinhô
de engenho, gasolina de garrafa, geribita, imaculada, januária,
lambida, levanta velho, lisa, malta, mandureba, maria branca, mé,
néctar dos deuses, paratí, pitú, preciosa,
queima goela, refrigério da philosophia, rum brasileiro,
salinas, semente de arenga, suor de alambique, terebintina, tinguaça,
uca, uma que matou o guarda, vinho de cana, vocação,
ypióca, etc. Seus sinônimos passam de 2.000 e a cachaça
é, sem dúvidas, a palavra com mais sinônimos na
língua portuguesa e talvez em qualquer outra língua.
Atualmente várias
marcas de boa qualidade figuram no comércio nacional e
internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e
adegas
residenciais pelo Brasil e pelo mundo.
Segundo
a Organização
Mundial de Saúde
(OMS), estudos apontam que o "consumo baixo ou moderado de
álcool" resulta em uma redução no risco de
doenças coronárias.
Porém, a OMS adverte que "outros riscos para a saúde
e o coração
associados ao álcool não favorecem uma recomendação
geral de seu uso".
Foi
comprovado que o consumo não moderado de álcool está
associado a um maior risco de doença de Alzheimer
e outras doenças senis,
angina
de peito,
fraturas
e osteoporose,
diabetes,
úlcera
duodenal,
cálculo
biliar,
hepatite
A,
linfomas,
pedras
nos rins,
síndrome
metabólica,
câncer
no pâncreas,
doença
de Parkinson,
artrite
reumática
e gastrite.
O consumo não moderado também pode dificultar a memória
e o aprendizado, e até piora a pontuação em
testes de QI.
Idade legal para consumo de bebidas alcoólicas.
A
idade legal para consumo de bebidas feitas a base de álcool é
a idade mínima legalmente estabelecida para que um individuo
possa comprar ou consumir bebidas
alcoólicas.
Esta idade varia grandemente de país para país, podendo
sequer existir em determinados países. Por vezes, a idade
legal depende do local onde o consumo é efetuado ou se a
pessoa está acompanhada por um adulto, entre outras condições.
No
Brasil a idade mínima é 18 anos.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Governo sanciona nova lei sobre consumo de bebidas alcoólicas por menores.
Qua,
19/10/11 – 09h00
De
acordo com a nova lei: Bares,
restaurantes, lojas de conveniência e baladas, entre outros
locais, não poderão vender, oferecer nem permitir a
presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas
no interior dos estabelecimentos.
A
fiscalização começa em 30 dias.
Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.
Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.
Video
YouTube - Cachaça Orgânica.
Há
30 anos em Dourado.
Pela
coleção de bebidas que Orlando Gramignolli conserva há
30 anos, temos um registro da história de como era a
agricultura na região de Dourado naquela época.
Várias
marcas, que hoje não existem mais, faziam um comércio
importante na produção de cachaças, pingas e
aguardentes. Entre elas: Praianinha, Saudades de Matão, Super
Luxo Caninha Jaú, Aguardente do Exército, Tuim, Tafiã,
Berro, Kolonial entre muitas outras.
Últimas Notícias (09/04/2012).
Um
acordo firmado entre Estados Unidos e Brasil reconheceu a cachaça
como um produto exclusivo e genuinamente brasileiro. O processo de
reconhecimento aconteceu, nesta segunda (9), em Washington, com a
troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de
Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk.
A
partir de agora, a bebida brasileira passa a ter denominação
cachaça como exclusiva e empresas de outros países
ficam proibidas de usar o termo. Antes, o rótulo das garrafas
da bebida brasileira eram obrigadas a ter a expressão
"Brazilian Rum" (rum brasileiro). Pelo acordo, o Brasil
também vai reconhecer como legitimamente americanos os uísques
do tipo Bourbon e Tenessee.
"É
um desfecho importante para os dois países de uma negociação
que durou os últimos dez anos", acrescentou o ministro
Fernando Pimentel. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a
mudança ajudará a promoção da cachaça
no mercado americano.
De
acordo com dados do Desenvolvimento, no ano passado, as exportações
de cachaça atingiram 9.969 toneladas, com faturamento de US$
17,3 milhões do setor. Desse total, US$ 1,8 milhão,
pouco mais de 10%, foi vendido para os Estados Unidos.
A
Alemanha é o principal destino das exportações
brasileiras da bebida, correspondendo a 29% do volume das embarcações
e 19% do valor. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição
com 11% do valor e 6% do volume. Em terceiro lugar, aparece Portugal,
com 10% do valor e 8% do volume.
Fonte:
Noticias de Governo (Portal Planalto).
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