Também
chamada pelos moradores de “Praça do Campo”. Está
localizada nas coordenadas 22º 06’ 47.11” latitude Sul e 48º
18’ 53.71” longitude Oeste e entre a Avenida da Saudade’ e a
rua Paraíba, no Jardim Paulista (FIGURA 11).
FIGURA
11: Visão panorâmica.
Localização da Praça dos Ferroviários
presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth;
08 set 2011).
A
Prefeitura Municipal de Dourado – SP nomeou o espaço
público, defronte ao Estádio Municipal Parque São
Pedro, dentro do perímetro urbano do município, com
acesso pela Avenida da Saudade e pela Rua Paraíba, sob a Lei
Nº 613 (de 20 de fevereiro de 1991) de Praça dos
Ferroviários (Prefeitura Municipal de Dourado).
Em
agosto de 1899 a CIA Estrada de Ferro de Dourado, “Douradense”
iniciava seu projeto de construção e por mais de seis
décadas impulsionou a vida na cidade e contribuiu para a
expansão das fazendas regionais de café. Aquele
desenvolvimento era fruto dos próprios habitantes da época,
que viam em seus trilhos a oportunidade do progresso. Porém em
1966 a Douradense partiu, soando seu apito de adeus e deixando muitos
sonhadores desamparados.1
A
praça estudada carrega a lembrança dos bons tempos da
querida Douradense que em homenagem aos Ferroviários foi
construída e inaugurada em 19 de maio de 1981 (FIGURA 24)
guardando histórias que, possivelmente, contribuirão
para desabrochar interesses nas gerações futuras a
respeito da cultura que preenchia as lacunas do desenvolvimento da
cidade.
Sua
dimensão não é grande e infelizmente, é
pouco freqüentada (FIGURA 24.A) Geralmente a faixa etária
da população que usufrui de suas acomodações,
são crianças que passam pelo local e brincam entre seus
bancos ou os jovens esportistas que aguardam os portões do
Estádio Municipal Parque São Pedro (Campo de futebol
municipal) serem abertos para iniciaram suas atividades diárias.
1
Disponível em:
http://douradocidadeonline.blogspot.com.htm. Acesso em 28 ago. 2011.
Figura
24: Imagem de alguns ferroviários durante a inauguração
da Praça dos Ferroviários em 1981 na cidade de Dourado
– SP (IMAGEM: Lafaiete Lozano. Acervo Pessoal).
Inauguração da Praça dos
Ferroviários, em 19/05/1981.
Homengem aos funcionários da CEFD (1900-1949) e
Paulista (1949-1966):
Da esq.p/dir. Antonio Gregorio (atrás), Hercilio M.Falcão, Luiz Rodrigues de
Souza e Sebastião Guedes (os 2 atrás) José Antonio de I.Cezar, Antonio Justi, Pedro Mira Gimenez ,
Lair Lozano(atrás), Benedito Sylvestre
Pereira, Antonio Poli, Elpidio Ferreira (atrás) Mafaldo Carli, Guilherme Murbach, Domingos de Luccas, Vicente Lozano e Domingo Casadei.
Compartilhado pelo Facebook em 30/08/2013 por Nivaldo
Oliveira e Deo Demeti.
Na
exploração das entrevistas a maior contribuição
dos relatos partiu da faixa etária entre 61 a 80 anos compondo
43,48% dos participantes. A mesma massa também mencionou o seu
tempo de residência em Dourado – SP, afirmando ter mais de
cinqüenta anos. Quanto cogitada a idéia se as praças
de hoje são iguais a do passado 86,95% confirmaram que não.
Se são freqüentadas, tanto para passeios ou recreação,
(não necessariamente em todas) 100% exaltaram que sim, onde a
mais citada foi a Praça São João Batista. Se
ocorre algum tipo de atividade, 91,3%
relatou que sim. E se os voluntários conheciam as variedades
de plantas existentes, mais de 80% afirmaram que sim, comentando
sobre as Palmeiras, os Ipês e as Sibipirunas.
Além
disso, o estudo cultural dessas praças foi um tanto delicado
para obtenção da documentação histórica,
já que os aspectos do passado são deixados para segundo
plano diante da estética moderna visada em outros tipos de
trabalho. Nos depoimentos, muitos moradores relataram insatisfação
pelas atuais condições das praças, expondo um
ponto de vista completamente contra as reformas atribuídas. A
justificativa exaltou as mudanças desnecessárias que
acabaram abalando os momentos históricos, tanto nas lembranças
da arquitetura local, como da jardinagem perdida. A partir daí,
propõem – se uma significativa atenção para
esses espaços já que a população possui
intima relação na participação da
administração histórica guardando fatos que,
futuramente, podem contribuir para outros estudos. Entretanto, poucos
ainda enxergam a conservação com real preocupação,
onde a palavra Praça
carrega mais que uma função de lazer. Sua
potencialidade deslumbra e enriquece a mente humana quando se deixa
levar pelos seus anseios fortalecendo, assim, o bem estar da
coletividade.
AGRADECIMENTOS
A
professora Flavia Cristina Sossae pela ajuda e orientação.
Ao professor
João Carlos Geraldo pelas dicas e co-orientação.
A
todos que contribuíram disponibilizando arquivos e memórias,
cedendo lembranças e fotografias. Em especial a Adilson Carlos
C. Guimarães, Afrânio José Donato, Ariovaldo
Felippe Foschini, Attilio Jacobucci, Benedito Aparecido Honório,
Clarice Lopes Pinheiro, Cleria Rossi Flores, Dircio João
Roberto, Edmur M. Buzzá Neto, Elva Silva Motta Buzzá,
Evandro Miranda Gonçalves, Guilherme Carli Pereira, João
Carlos Ballestero Martins, José Finhana Riva, José
Miguel Demeti, Kathya Lilian Carli Pereira, Lafaiete Lozano, Luiz
Antonio Mastroangelo, Maria Cleuza de Oliveira Abreu, Natália
Verrunes Tortoreli, Nereide Aparecida Mangini Neshikawa, Oswaldo
Mariano, Oswaldo Munhoz, Suely Aparecida Romeiro dos Santos e Vicente
José Lozano.
A
Beatriz Rosalin por averiguar a gramática correta.
A
João Carlos Brunelli Martins pelo apoio na classificação
florística.
A
Gustavo Guimarães pelo auxilio nas medições dos
dados fitossociológicos.
A
minha família pela força e entusiasmo diante as
adversidades da vida.
A
todos que cooperaram, direta ou indiretamente, com este trabalho, meu
muito obrigado!
ABORDAGEM
FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA
CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTÓRIA E
CULTURA.
Gabriel Romeiro Donato.
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