A Banda 19 de Maio acompanha a Procissão e depois no coreto da praça, durante todo o mês de comemoração à São João Batista, toca marchinhas em frente a Igreja Matriz de Dourado, principalmente nos finais de semana.
Isto é uma verdadeira
"FURIOSA": José D'Angelo(Zeca); Jurandir Sylvestre
Pereira(Dicão); Enéas Gonçalves(Tanaka); Ederval
João Gonçalves(Darjão); Afranio José
Donato(Pereréco) e Antonio Carlos R.de Souza(Toninho Coro).
Eterno obrigado pela animação em todos os eventos na
nossa querida "Dourado".
Compartilhado
com Déo em out/2013.
A
Banda 19 de Maio, foi criada por Tanaka e seus amigos em 1962. Sete
anos mais tarde, já em turma acrescentou à fanfarra da
cidade novos instrumentos que a elevaram ao status de banda marcial.
E logo de início, a surpresa.
“Fomos participar de
um concurso , também estavam bandas famosas que davam um show
de apresentação”, diz.
Tanaka e Dr. Edmur
chegam a relembrar o nome delas, depois de tanto tempo, tamanho era
a importância deste evento — as bandas Cristo Rei, de
Marília, e Liceu Noroeste, de Bauru. “Conseguimos ficar em
segundo lugar no concurso”, ainda comemora Tanaka, acrescentando
que o feito repercutiu em toda a cidade. “Foi uma surpresa geral
que levou o nome de Dourado para vários outros municípios.
Após essa conquista, muitos convites apareceram para tocar em
eventos comemorativos, como aniversário e desfiles cívicos”,
acrescenta Dr. Edmur.
Tanaka ficou à
frente da Furiosa por 35 anos , quando decidiu parar com as
atividades, no início dos anos 80. No desfile comemorativo aos
112 anos de Dourado, realizado em maio passado, Tanaka foi um dos que
conduziram o estandarte da fanfarra da Escola Salles Júnior.
Ao ver a passagem dos douradenses ilustres, o prefeito Dr. Edmur, que
estava na tribuna, desceu as escadas do Paço Municipal e foi
cumprimentar os amigos Tanaka, Afrânio José Donato e
Newton Bueno, conhecido na cidade como Nenê Cartório.
Daquela época,
Tanaka recorda-se de vários outros companheiros ainda festa de
São João Batista, Tanaka não resistiu —
conseguiu reunir alguns músicos e fez uma apresentação
especial com a Banda 19 de Maio. “Convidei uns amigos de Bocaina (6
músicos), Ribeirão Bonito (3 músicos) e São
Carlos (1 músico), além dos 7 músicos de
Dourado”, diz. A apresentação, ocorrida no coreto da
Praça da Matriz, teve um significado muito importante,
especialmente para as pessoas que marcaram a história da
cidade.
A
História do amigo Tanaka:
Enéas
Gonçalves, hoje com 70 anos de idade, se interessou pela
música ainda pequeno. “Quando eu tinha uns 10 anos, eu
adorava ver o maestro Celso Poli tocar pistão”, recorda-se.
Os
olhos do menino brilhavam e o maestro logo percebeu seu interesse.
Enéas passou a estudar música. À época,
trabalhava em uma empresa de armarinhos, de propriedade dos
dourandenses Rodnei Fantini e Azor Donato. “Cerca de 90% dos
clientes ou eram japoneses ou descendentes”, lembra. Dessa relação,
Enéas recebeu uma homenagem carinhosa que trás consigo
até hoje — seu nome original dera lugar para o apelido
Tanaka.
Tanaka
estudou música por três meses e meio, até se
sentir preparado para começar a tocar um instrumento. Qual?
“Pistão, claro. Era o instrumento que eu mais gostava”,
brinca ele. A partir daí a música passou a ocupar um
espaço importante em sua vida. Ele lembra que na década
de 60, fazer parte de uma fanfarra era o “charme” na cidade.
Chegou
a tocar em 46 carnavais — 30 dos quais no Dourado Clube. Com o
dinheiro extra que ganhava nessas apresentações, Tanaka
lembra que conseguiu comprar sua casa. Mas existiam outros ganhos.
“Havia muita amizade entre os músicos. Tocávamos por
paixão e éramos como uma família”, conta.
Família que, sempre nas férias do fim de ano, partia em
viagem a Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.
Lá,
a tradição criada depois de tantos passeios, utilizava
a música como anúncio de chegada. “Sempre chegávamos
tocando música, avisando — e acordando — a todos. E isso
acontecia sempre por volta das 4h30 da madrugada”, diverte-se. Os
vizinhos não ficavam nervosos em ter o sono interrompido. Ao
contrário. Eles logo acordavam e iam festejar a chegada dos
douradenses. “Era uma festa”, lembra Tanaka.
Foto da Esquerda à Direita: Tanaka, Afrânio, Prof. Fábio e Dr. Edmur Buzzá.
Fonte
de Pesquisa e fotos:
Site
Prefeitura Municipal de Dourado (28/08/2009).
Em
comemoração aos 112 anos de Dourado.
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