Nesta
publicação tenho a satisfação de
homenagear um jovem que através de seu trabalho de Biologia
fez um levantamento das principais praças da cidade de
Dourado.
O
trabalho de conclusão do seu curso em Ciências
Biológicas e da Saúde recebeu o Prêmio de
Qualidade Acadêmico do Congresso de Iniciação
Científica da Uniara em dezembro de 2011.
Este
trabalho é uma analogia entre a Biologia (levantamento
florístico das praças) com traços da Cultura e
História da cidade de Dourado.
Gabriel
Romeiro Donato partiu da abordagem direta às pessoas da
comunidade que com um certo conhecimento histórico lhe
ajudaram a montar uma linha cronológica e me autorizou a
publicar seu conteúdo com o intuito de preservarmos a memória
local e também o seu Patrimônio que faz parte desta
história. Como ele mesmo descreve em sua abordagem:
“As
questões relacionadas ao termo espaço verde urbano,
ultimamente trouxeram preocupações a respeito do
planejamento e valorização das paisagens. O que antes
era um contexto voltado apenas à beleza estética, hoje
se tornou um requisito importante que se trata não somente da
preservação, mas também de uma área
agradável aos sentidos humanos. Nesta perspectiva, as praças
públicas são vistas como espaços livres
potenciais para compor o sistema de áreas verdes urbanas,
sendo importantes para os vários grupos da sociedade
brasileira. Por conta disto, o objetivo desse trabalho foi
contextualizar uma proposta voltada ao levantamento arbóreo e
ao estudo fitossociológico da comunidade vegetal em onze
praças da cidade de Dourado – SP, além da aplicação
de entrevistas nas residências próximas as mesmas. No
levantamento rápido, foram encontradas 119
espécies, 103 gêneros e 59 famílias botânicas.
Pelo método de parcelas, alguns indivíduos com melhores
índices do valor de importância, como por exemplo,
Schinus
molle L., Ligustrum lucidum Aiton W. T. e Caesalpinia peltophoroides
Benth., mostraram
– se significantes em relação ao estado atual dos
locais do verde explorado. E na análise de fatores históricos
os dados fornecidos foram adquiridos através de um
questionário atribuído aos moradores que se empolgaram
em comentar sobre as malhas urbanas entrelaçadas com a vida
passadista nas praças da cidade. Portanto, é viável
uma manutenção adequada aos largos públicos
urbanos, tanto no planejamento da arte cênica local, como na
conservação das feições naturais (não
somente nas praças do município de Dourado – SP),
pois, além de servirem às regalias humana, satisfazem o
bem estar de toda a população”.
Autor:
Gabriel Romeiro Donato.
Os
ambientes urbanos apresentam características que lhe são
peculiares, pois são resultados de uma transformação
brusca das feições naturais de um determinado lugar
(SILVA et. al, 2008). Trata–se de locais ligados ao prazer humano e
destinados à utilização das pessoas para
praticar caminhadas, passeios ou descanso. E diante dessa remodelagem
da paisagem, observa-se
a arborização sendo implantada em parques, alamedas,
centros urbanos e principalmente em praças correspondendo, em
geral, a formação de jardins e estética local.
As
praças, por sua vez, têm valor significativo para o bem
estar da população. Sempre
estiveram presentes na história das cidades. Guardam em seus
seios acontecimentos da vida pública e privada, mundana e
profana com fatos que caracterizam esses logradouros como espaços
livres e públicos de fundamental importância para a
sociabilidade das pessoas que habitaram os centros urbanos mais
antigos e as que habitam as cidades atuais, embora em proporções
diferenciadas (GOMES, 2005). Conferem também
funções importantes relacionadas à valorização
da qualidade de vida, valorização econômica das
propriedades ao entorno e práticas relacionadas à
plantação e manejo de árvores, gerando
atividades remuneradas a diversos trabalhadores tanto do setor
publico como privado (SILVA; RAMOS; BRITO, 2007).
Gabriel
Romeiro Donato é natural da cidade de Dourado, SP.
Formado em
Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Ambientais,
pretende realizar Pós Lato Sensu em Impacto Ambiental.
É
o logradouro mais novo da cidade de Dourado – SP. Por isso que
ainda não apresenta nenhum decreto que formalize seu nome na
Prefeitura Municipal e, diante disso, é conhecido popularmente
como Praça Aeroporto, por estar localizado nas redondezas do
Jardim Aeroporto ou Praça do Sagrado Coração por
estar associado à Igreja do Sagrado Coração de
Jesus e Maria, situando – se dentro
do perímetro urbano do município,
entre as Ruas Antonio
P. Almeida, Manoel Pelaes Sanches, Paulo Pinheiro e Quinze.
Durante
muito tempo o local que abriga a praça hoje, serviu como
depósito de lixo domiciliar coletado na cidade nos tempos em
que Dourado não dispunha de alguma área para a
elaboração de um Aterro Sanitário Legalizado.
Por estar disposto em uma região carente do município e
provavelmente a falta de educação pela cidadania, o
mesmo espaço público, alvo dos restos descartados pelos
moradores, também serviu de “lazer” para as crianças
brincarem e para a criação de animais domésticos
que auxiliaram nos meios de subsistência.
A
partir daí, houve uma iniciativa de construir a praça
para atender não só a
necessidade de espaço destinado à prática de
esportes e convivência à comunidade, como também,
sanar os problemas da utilização imprópria que
uma área como aquela, de abandono e degradação,
oferecia (FIGURA 14).
Hoje,
a planta arquitetônica foi estabelecida e a praça tem
suas primeiras árvores plantadas e o alicerce do calçamento
forma os desenhos de como ela será futuramente (FIGURA
14.A).
FIGURA
14: Espaço
destinado a construção da Praça Aeroporto na
cidade de Dourado – SP. A 1ª imagem mostra a “antiga área
de lazer” dos residentes e a 2ª imagem relata os indícios
da construção da praça. (IMAGEM: Departamento de
Obras da Prefeitura Municipal de Dourado – SP. Arquivo: Prefeitura
Municipal de Dourado-SP).
FIGURA
14.A: Condição
atual da Praça Aeroporto. (IMAGEM: DONATO,
G. R, 2011).
As
demais praças deste trabalho serão publicadas
futuramente neste blog.
Veja
também neste blog:
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