Passear
pelas praças era uma das formas mais prazerosas nas cidades
interioranas do Brasil. As pessoas se encontravam para colocar as
conversas em dia a respeito da vida social e política
nacional, no qual, grande parte se divertia ouvindo os mexericos
circundantes, inclusive os jovens que aproveitavam o momento para
namorar (GERALDO, 1997).
A
lembrança de antigos jardins floridos e bem cuidados ainda
entristece os moradores que possuem grande satisfação
em recordar os momentos mais apreciados da época. As festas em
louvor a Padroeiros das cidades era organizada de forma diferente,
talvez pelas dificuldades dos modelos tecnológicos atuais
faltarem no planejamento daquele tempo, e isso favorecia a maior
participação da comunidade que demonstrava enorme
interesse em ajudar, sendo que hoje, são poucos os que se
preocupam com isso.
Durante
a década de 1970, a busca pelos aparelhos de televisão
sofreu uma rápida expansão afogando os novos
espectadores nas novelas mundanas, contribuindo para a retirada
dessas pessoas das praças e tomando o lugar das conversas
entre vizinhos e brincadeiras nas ruas ao anoitecer. Além do
mais, a “febre do modernismo” surge com o chamado milagre
econômico e tudo que era antigo passou a ser deixado de lado
por ser considerado fora de moda. Remodelações bruscas
modificaram os traçados mais formais das praças e
vários aspectos arquitetônicos e comportamentos locais
foram trocados pelos modelos gerados nas grandes metrópoles,
abrindo avenidas de funde de vale e rotatórias possibilitando
a perda da antiguidade passadista (GERALDO, 1997).
Em
virtude do que foi citado, foi interessante relatar alguns traços
históricos das praças estudadas do município de
Dourado – SP fortalecendo o contexto cultural que certamente foi
lembrado por moradores antigos e que relataram através de
diálogos (em entrevista) e depoimentos acontecimentos que se
perderam em tempos passados.
Praça
Newton
Romano Alves Costa – TUTA
A
Prefeitura Municipal de Dourado denominou o logradouro situado no
Jardim Primavera, dentro do perímetro urbano do Município
de Dourado – SP, adjacente ao campo de Bocha, próximo ao
Zoológico municipal e entre
as Ruas Elias Maluf e Eupidio Ferreira,
com a Lei Nº 1.147 (de 18 de maio de 2007) de Praça
Newton
Romano Alves Costa – TUTA (FIGURA 15) (Prefeitura
Municipal de Dourado).
Famosa
por estar, como já citado, ao lado do campo de bocha, favorece
a inúmeros residentes locais desfrutarem de suas regalias
quando estes realizam campeonatos de bocha em busca de distrações
e entretenimentos. É nos domingos ou feriados que as maiorias
dos competidores se agrupam para dispor de tal recreação.
Talvez seja por isso que esta é popularmente chamada de Praça
do Bocha.
Sua
construção foi em vigor do espaço verde urbano,
tentando atingir a agradabilidade nas pessoas que freqüentam
suas proximidades servindo como uma ampla área sombreada
dispondo de árvores de grande e médio porte e uma
porção de gramíneas, com bancos de madeiras para
descanso e passarelas pavimentadas que se conectam para livre
circulação de pessoas. Desde sua construção,
sofreu poucas mudanças por não se tratar de um lugar
antigo, mas possui alguns relatos que merecem ser lembrados e que já
se encaixam nos parâmetros culturais da cidade.
FIGURA
15:
Praça Newton Romano Alves Costa – TUTA (IMAGEM:
DONATO, G. R, 2011).
ABORDAGEM
FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA
CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA
Trabalho
de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências
Biológicas e da Saúde do Centro Universitário de
Araraquara (UNIARA) como parte dos requisitos para conclusão
da Graduação em Ciências Biológicas.
Gabriel
Romeiro Donato.
Araucária.
Nota
do Blog: Esta é uma continuação da publicação
do trabalho realizado por Gabriel Romeiro Donato que abordou a
condição florística das praças com traços
da história e cultura da cidade de Dourado. Percebe-se
claramente em sua pesquisa que os traços e características
da área botânica que incide às praças vão
além da beleza estética, mas de grande utilidade na
alimentação da fauna predominante neste território.
Além de várias folhas, flores,frutos e sementes serem
consideradas como aromáticos, anti-reumáticos e
antidepressivos. Funcionam ainda contra bronquites, tosses, febres,
ansiedades, hipertensão arterial e verminoses desconhecidos na
maior parte dos habitantes, onde, bem estudados seriam um potencial
remédio contra esses males. Existe, por outro lado, a
utilidade econômica de algumas madeiras para construção
de forros, molduras, ripas, cabos de vassoura, caixotaria, utensílios
domésticos, pasta celulósica, brinquedos, móveis
entre outros quando a origem é Araucária. Este assunto
o blog abordará futuramente com maiores detalhes.
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