Cada Banco, uma história.
Bazar
Americano.
Jornal
“O Dourado” - Edição de 01/06/2007 – Ano 11, pág.
4.
Os
bancos de granito da nossa Praça da Matriz, aqueles mais
conservados e resistentes, estão lá há 61 anos.
Eles
perpetuam os nomes dos que tiveram uma trajetória de grande
valorização na história de Dourado.
Entre
eles, destacamos hoje, uma grande empresa que no século
passado foi uma referência de nossa cidade.
O
Bazar Americano de Chead & Jorge Nemes, cujo prédio
situado na rua Dr. Marques Ferreira com a Rua Santos Dumont, ainda
ostenta em sua fachada o nome da grande empresa de tecidos e
armarinhos.
Numa
época em que comerciantes de pequenos municípios
sentiam uma grande dificuldade para se locomoverem até os
centros mais evoluídos para suas compras, o Bazar Americano
era a alternativa da região.
Seus
vendedores viajavam de trem ou nas precárias linhas de
jardineiras (ônibus).
O
estoque de tecidos da firma Chead e Jorge Nemes, se igualava ou
superava muitas lojas da cidade de São Carlos e outras
circunvizinhas.
O
Bazar Americano era fonte de uma grande parte da receita da nossa
prefeitura.
Com
sua loja de tecidos e atacado de armarinhos, ela agregava mais de 10
funcionários diretos e um número muito grande de
indiretos.
Chead
e Jorge Nemes, dois irmãos vindos do mundo árabe
projetaram por muito tempo o nome da nossa pequena cidade.
Após
a aposentadoria e já cansados, venderam a loja que era a
grande referência de nossa cidade. A partir daí, com
novos proprietários, ela não conseguiu suportar a
concorrência que outras cidades, já servidas de vias de
asfalto e com as linhas de ônibus que começaram a
surgir, encerrou suas atividades.
Para
os mais antigos, o Bazar Americano até hoje é uma
lembrança de otimismo de nossa cidade onde suas carroças
e raros automóveis circulavam em ruas de terra batida.
Hoje,
ainda vemos na parede do prédio o nome de Bazar Americano de
propriedade de dois irmãos vindos do mundo velho.
Chead
e Jorge Nemes, com seu Bazar Americano, muito fizeram por nossa
cidade.
Texto:
Rudynei Fattore.
Colaboração:
Osvaldo Virgilio.
Foto panorâmica EMEF Senador Carlos José Botelho e Igreja Matriz de Dourado.
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