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terça-feira, 2 de abril de 2013

Cada Banco, uma história.



Cada Banco, uma história.
Bazar Americano.

Jornal “O Dourado” - Edição de 01/06/2007 – Ano 11, pág. 4.



Os bancos de granito da nossa Praça da Matriz, aqueles mais conservados e resistentes, estão lá há 61 anos.
Eles perpetuam os nomes dos que tiveram uma trajetória de grande valorização na história de Dourado.

Entre eles, destacamos hoje, uma grande empresa que no século passado foi uma referência de nossa cidade.
O Bazar Americano de Chead & Jorge Nemes, cujo prédio situado na rua Dr. Marques Ferreira com a Rua Santos Dumont, ainda ostenta em sua fachada o nome da grande empresa de tecidos e armarinhos.

Numa época em que comerciantes de pequenos municípios sentiam uma grande dificuldade para se locomoverem até os centros mais evoluídos para suas compras, o Bazar Americano era a alternativa da região.

Seus vendedores viajavam de trem ou nas precárias linhas de jardineiras (ônibus).
O estoque de tecidos da firma Chead e Jorge Nemes, se igualava ou superava muitas lojas da cidade de São Carlos e outras circunvizinhas.

O Bazar Americano era fonte de uma grande parte da receita da nossa prefeitura.
Com sua loja de tecidos e atacado de armarinhos, ela agregava mais de 10 funcionários diretos e um número muito grande de indiretos.

Chead e Jorge Nemes, dois irmãos vindos do mundo árabe projetaram por muito tempo o nome da nossa pequena cidade.

Após a aposentadoria e já cansados, venderam a loja que era a grande referência de nossa cidade. A partir daí, com novos proprietários, ela não conseguiu suportar a concorrência que outras cidades, já servidas de vias de asfalto e com as linhas de ônibus que começaram a surgir, encerrou suas atividades.

Para os mais antigos, o Bazar Americano até hoje é uma lembrança de otimismo de nossa cidade onde suas carroças e raros automóveis circulavam em ruas de terra batida.

Hoje, ainda vemos na parede do prédio o nome de Bazar Americano de propriedade de dois irmãos vindos do mundo velho.


Chead e Jorge Nemes, com seu Bazar Americano, muito fizeram por nossa cidade.

Texto: Rudynei Fattore.

Colaboração: Osvaldo Virgilio.

Foto panorâmica EMEF Senador Carlos José Botelho e Igreja Matriz de Dourado. 





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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Seis anos do Acessa SP em Dourado.



O Acessa SP de Dourado recebeu na tarde de sexta-feira, 25/05, a visita das terceiras séries da Escola Malheiro. E na companhia das Professoras Rosi, Carla e Marilene pesquisamos no Blog Dourado Cidadeonline um pouco da história de Dourado.

Os alunos ficaram à vontade e vendo fotos antigas da Estação Ferroviária admiraram como era Dourado naquela época. Vários temas foram abordados, como por exemplo, o cultivo do café e centenas de famílias que viviam nas Fazendas. Fotos de alunos da Escola Rural do Bairro do Bebedouro foi o que chamou mais a atenção, pois bem diferente de hoje em dia, a professora ia às fazendas e lá preparava a aula onde também era realizado o preparo da merenda no fogão a lenha.

O objetivo desse tipo de pesquisa é despertar ao aluno uma informação direcionada à preservação da cultura e o respeito a memória histórica, bem como, faze-los refletir como os meios de informação e entretenimento são bem diferentes há 30, 40 anos atrás ou mais. Aproveitando para divulgar o Projeto de Inclusão Digital que o Acessa SP faz em Dourado há seis anos em 01/06/2012.

Classes interessadas em realizar pesquisas, como fizeram as professoras da Escola Malheiro, podem vir e agendar uma visita no prédio do Acessa SP de Dourado.
Rua Capitão Leopoldo Adolfo Machado, nº 635, ao lado da Escola Salles Jr.



Fotos Acessa SP.


















Abaixo, os temas mais pesquisados pelos alunos das 3ª séries:



Visita das 3ª séries da Escola Malheiro ao Acessa SP de Dourado (25/05 – sexta-feira).






























segunda-feira, 21 de maio de 2012

Shows e Eventos – Dourado, 115 anos.



No aniversário de Dourado tivemos a presença de vários cantores e eventos que atraíram a atenção de cidadãos douradenses e visitantes:

Shows com Silvio Brito, Lucas e Luan, Dani e Danilo, Banda Fascinação empolgaram a platéia.














Equipe Ação Radical Wheeling realizou manobras radiciais pelas ruas da cidade.


 
























A Restauração da Locomotiva Nº 1 em Dourado.
Moradores e ex-ferroviários comemoram o resgate histórico para Dourado.
Localizada em frente ao Cirec, antigo pátio da Companhia, onde ficará disponível para visitação do público.






Fotos cedidas pelo amigo douradense: Milton A. Bueno (Nenê do cartório).


















Mais informações:






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terça-feira, 17 de abril de 2012

Lembranças da “Fazenda Botelho” em Dourado.



O Senador Carlos José Botelho é também lembrado pela maior parte dos douradenses não apenas como homem público e por ter desenvolvido inúmeras obras como Secretário da Agricultura no Governo de Jorge Tibiriça (1904 – 1908) mas pelas boas lembranças das famílias que moravam em sua fazenda quando em Dourado o café ainda era a principal cultura nas lavouras brasileiras.

Assim, como hoje, ainda temos boas recordações do apito da “Maria Fumaça” à antiga estação ferroviária, também porque todas as novidades chegavam pela ferrovia.

Entre outras memórias, desta época, a juventude douradense divirtia-se como podia. Tomava sorvete na sorveteria do Durvalino Pereira e do Cândido que ficava bem ao lado do cinema "Cine São Paulo" propriedade do Orlando Tavano.

O cinema fazia duas sessões, a das sete era mais cotada, geralmente iam as moças "de família" e havia a das onze. Os domingos havia matinée para a criançada. Na entrada cartazes anunciavam os próximos filmes, a maioria de bangue-bangue, alguns até Italianos disfarçados de Americanos. Vendia-se pipoca com molho ou sal e algodão doce, alegria da molecada e dos dentistas. Dourado foi perdendo aquele arzinho europeu. Seus bangalôs, herança da ferrovia foram dando lugar a uma arquitetura despojada, de linhas retas.

Mas nada precedia o entusiasmo e aquela felicidade de quando vinham os netos à casa dos avós que moravam nas fazendas e compartilhavam da liberdade de correr pelos gramados. E um verde que fascinava os olhares de todo aquele que mora em “cidade grande” e não pode desfrutar dessa linda paisagem. Assim percebemos hoje pelos olhares dos turistas que visitam nossa cidade e desfrutam dessa hospitalidade e de lugares que chegam a ser comparados a um cartão postal.

E quem não tem uma boa lembrança, da sua infância, ao lado dos avós, que nos proporcionaram momentos inesquecíveis de uma época que não esquecemos jamais. 
Saborear aquelas receitas que saiam do forno à lenha: pão de forma, leitoa à pururuca, frango caipira com polenta, macarronada com molho de tomate, doce de abóbora e de leite, rapadura, bolo de fubá, queijo fresco, tomar garapa (caldo de cana)...


Fotos compartilhadas por Angela.








Fotos: Fazenda Botelho em Dourado.

Garagem da Fazenda Botelho: Nos tratores da Esquerda á Direita, Antenor e Luis Gramignolli e em frente os tratores, Neroni e Orlando Gramignolli.

Obrigado Angela por colaborar com o Blog preservando a memória histórica de Dourado.

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Praça São João Batista - Dourado, SP.


Popularmente chamada como “Praça da Matriz”. Esta localizada nas coordenadas 22º 07’ 01.62” latitude Sul e 48º 19’ 03.87” longitude Oeste e entre as ruas Dr. Marques Ferreira, Barão do Rio Branco, Demetrio Calfat e Tiradentes, no bairro Centro. Foi construída junto a elaboração da Igreja Matriz de São João Batista, a mais antiga e famosa da cidade (FIGURA 05).




FIGURA 05: Visão panorâmica. Localização da Praça São João Batista presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).




FIGURA 13: Plantas encontradas nas praças da cidade de Dourado - SP com utilidades alimentícias e medicinais. A) Hovenia dulcis Thunb; B) Eugenia uniflora L.; C) Persea americana Mill.; D) Schinus terebinthifolius Mart.; E) Syzygium cumini (L.) Skeels; F) Cymbopogon winterianus Jowitt ex Bor; G) Digitalis purpúrea L.; H) Annona muricata L.; I) Tamarindus indica L. J) Bixa orellana L.; K) Guarea guidonia L. Sleumer; L) Plumeria caracasana JRJohnst. (IMAGEM: LORENZI, MATOS, 2008; LORENZI, et al, 2003).



Infelizmente não há registro do nome oficial desta praça e nem da sua elaboração na Prefeitura Municipal de Dourado - SP. Porém estima–se que ela carrega em seus anseios aproximadamente 100 anos e consigo relatos que merecem destaque dos momentos de prazer e alegria de muitos residentes que deixaram lágrimas quando suas lembranças exaltaram os bons tempos do passado (FIGURA 18).

Praça São João Batista, assim ela foi e é conhecida pela população douradense por embelezar a Igreja de São João Batista e que desde o início acompanhou a sua construção e participou de suas futuras mudanças. Está situada no bairro Centro, entre as Ruas Dr. Marques Ferreira, Barão do Rio Branco, Demetrio Calfat e Tiradentes adjacente a Escola Municipal Senador Carlos José Botelho se enquadrando dentro do perímetro urbano municipal (FIGURA 18.A).

No comentário de pessoas mais idosas, em outros tempos a posição da praça no centro urbano carregava outra trama social. Um exemplo disto foi à existência de um serviço de auto–falante da Igreja, conhecido com “A voz de Dourado” e em todas as noites, por volta das 20 horas, eram oferecidas músicas aos amigos ouvintes ou namorados apaixonados que se encontravam pelo prazer do conforto da praça. Esse serviço hoje, não existe mais e o auto–falante é usado apenas para comunicar notas de falecimento ou esclarecimentos de utilidade pública.

A qualidade da jardinagem, também foi mencionada perante as mudanças que sofreram. Sua formação compunha uma ampla área florida que foi se perdendo ao longo dos anos. Entretanto, as espécies ainda presentes e citadas, foram às antigas Sibipirunas (Caesalpinia peltophoroides Benth.), os Ipês-Roxo (Handroanthus avellanedae [Lorentz ex Griseb.] Mattos) e as forrações, maravilhadas pelos visitantes. Já os jardineiros habilidosos que preenchiam o corpo de organização da praça, foram se aposentando e a nova geração deixou a desejar forçando a obtenção de outras formas de cultivo perdendo a tradição local.

Além do mais, quem não gostava de ouvir o som da banda “19 de Maio”, fundada em 1962 pelos próprios douradenses e que se reunia em comemorações da cidade, principalmente no antigo coreto de madeira (FIGURA 18.B) instalado na praça que atendia a arte cênica da época e que hoje, por força da circunstância, foi trocado por um de concreto (FIGURA 18.C). Como a banda foi e é muita prestigiada, algumas apresentações são feitas em datas especiais para relembrar e emocionar os apaixonados de plantão.

Com a série de modernização adotada pelos modelos políticos atuais, forçou a praça a passar por bruscas transformações desde sua inauguração. De acordo com Geraldo (1996), muito da vida noturna das praças perdeu–se, visto que os pontos de encontro hoje são os bares, lanchonetes e clubes de diversões havendo alguma concentração de pessoas em comícios, shows ou outros eventos. De certa forma, a Praça São João Batista deixou de ser a maior atração se comparado ao que fora no passado.

Mas, não se pode deixar de lado o que ainda resta. Sua última reformulação ocorreu agora em 2011, compreendendo uma vasta área arborizada com inúmeras espécies diferentes. Os organismos arbóreos que existiam foram preservados e uma série de ornamentais foi introduzidas compondo a área verde urbana. Suas luminárias e os bancos foram reformados proporcionado o lazer aos idosos que se reúnem todas às tardes para a prática de jogos interativos com baralhos e dominós.

E, apesar das festividades terem diminuído em relação ao passado, ainda ocorrem nesta praça, talvez pela sua grande dimensão ou por ser a mais querida e conhecida entra os residentes, alguns eventos comemorativos. O mais famoso, é a festa em louvor a São João Batista sendo, todo o ano, realizada nos meses de junho e julho e correspondendo a uma tradição na cidade, envolvendo shows, bingos, missas, procissões, parques de diversões, barracas de utensílios, jogos, doces e salgados e uma grande concentração populacional.

Praça São João, o "jardim": calçada estreita, as árvores que rodeavam a praça(com as lacerdinhas para irritar os olhos), a fonte, poste de ferro, o coreto com os banheiros, o serviço de alto-falantes, e a Igreja Matriz, belíssima. Compartilhado pelo Facebook com Déo em 09/2013.




FIGURA 18: Primórdios da Praça São João Batista da cidade de Dourado – SP. A 1ª imagem é uma visão que os residentes da época tinham quando estavam na praça e se voltavam para a Igreja. Já a 2ª imagem mostra a visão da Igreja sobre a praça (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).





FIGURA 18.A: Praça São João Batista depois da última reformulação em 2011(IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).





FIGURA 18.B: Antigo coreto de madeira que existia na Praça São João Batista no município de Dourado – SP (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).





FIGURA 18.C: Atual coreto de concreto existente na Praça São João Batista no município de Dourado – SP (IMAGEM: DONATO, G. R., 2011).






Coreto do Jardim em 1980.
Assim era até 1980. Saudade (ainda com os banheiros embaixo).

Compartilhado com Deo Demeti em 28/08/2013.




Gabriel Romeiro Donato

ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA
 



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