Dourado
nunca chegou a exercer um papel de grande centro econômico
regional, sempre conservou suas características de pequena
cidade do interior. A mistura de povos, mineiros e europeus, criou um
ambiente caseiro que rapidamente se adaptou ao fato de o município
ter diminuído seu número de habitantes praticamente
pela metade. Hoje vivem em Dourado aproximadamente nove mil pessoas e
o agronegócio continua fazendo parte fundamental da economia
local, inclusive o café.
Café
Helena.
Nossa
primeira visita técnica ao café em Dourado foi na
Fazenda Monte Alto, onde conhecemos a cadeia produtiva do Café
Helena, que vai do campo à xícara, passando por todos
os processos dentro da própria fazenda.
Ficamos
conhecendo a sua história que se inicia com o avô da
produtora, José Monteiro Novo que fez a fazenda e iniciou a
produção do café. Anos mais tarde em 1926
exportava café para a Europa.
A
tradição cafeeira continuou com o seu pai Edmar
Monteiro, durante todo o século XX. E chegou até ela,
que viu nisso uma oportunidade de criação de um produto
de qualidade e paladar ímpar.
Assim,
a cultura do café, neste caso, é uma tradição
passada de pai para filha, pois Maria Helena Monteiro quis uma
fazenda autossuficiente e toda área em volta era só de
plantação de cana-de-açúcar, então
decidiu seguir sua tradição familiar.
O
Café Helena é cuidadosamente plantado, cultivado,
colhido, secado, armazenado, classificado, torrado, moído e
embalado na própria fazenda por uma equipe na qual as mulheres
dão um toque especial desde o comando e em toda a cadeia
produtiva, do plantio à bebida final, suavizando a centenária
tradição masculina do produto.
O
Café Helena é blendado por um especialista reconhecido
mundialmente (Eduardo Monteiro Soto), resultando em três tipos
(blends) com personalidade própria e características
distintas e elegantes, destinados a apreciadores de cafés
finos.
Fotos: Sede Fazenda Monte Alto.
Colaboração: Maria Helena Monteiro.
Fotos: Sede Fazenda Monte Alto.
Colaboração: Maria Helena Monteiro.
A
administração dos proprietários visa à
capacitação profissional, a geração de
renda e emprego objetivando o resgate da dignidade humana e a redução
das desigualdades sociais. Assim os funcionários recebem
treinamento adequado e, principalmente, respeito.
Esse
é o Café Helena de Maria Helena Monteiro, uma mulher
empreendedora, inclusive premiada pelo SEBRAE em 2006, bem sucedida
que, desde criança, tem o café em sua vida.
Café
Santana.
O
Café Santana do tipo coffea arábica da variedade Catuaí
é plantado em Dourado na Fazenda Santana, região de
terra roxa e fértil, de clima e altitude ideais, tradicional
pela produção de grãos de ótima
qualidade.
A
tradição da Fazenda Santana no ramo da cafeicultura
remonta do ciclo do café nos anos 40 até ser erradicado
no final da década de 70 para ser novamente implantado no ano
de 1997, a partir de quando o produtor Sr. Eduardo Caldas Von Haeling
vem realizando de modo artesanal a cadeia produtiva completa,
iniciada com a colheita manual e secagem em terreiro até a
torra, moagem, embalagem e comercialização garantindo
assim um café com alto nível de pureza e de excelente
aroma e sabor.
Café
Pepira.
Em
novembro de 2012, foi surgindo um novo café nos mercados, o
Café Pepira, que é plantado e produzido na própria
fazenda. Café Pepira, por que esse nome? Por causa do rio
Jacaré Pepira que passa por trás da fazenda e é
muito importante para o município de Dourado.
Os
produtores do Café Pepira procuram dar o melhor do café
para os seus consumidores. Começaram com uma pequena produção
que já se expande por todo o município e algumas cidade
da região.
Conta
com um maquinário novo e moderno para sua produção
maior de café e para chegar mais rápido à mesa
do consumidor.
Um
pouco de história.
A
fazenda tem mais de 200 anos, se chamava Fazenda Botelho e já
chegou a ter mais de 100 famílias de colonos, nela havia
escola e até teatro, salão de dança. A Atividade
principal era o café. Depois a fazenda foi dividida em três
fazendas a São Luís, a São Carlos e a São
Delfino.
A
família Penteado, que era proprietária da Fazenda São
Luís, continuou com o cultivo do café e a criação
de gado. Em 1975, com os baixos preços do café, a
fazenda foi toda arrendada para plantio de algodão e aveia.
Depois com os baixos preços desses produtos, em 1985, foi
arrendada para a Usina. Com baixo preço da cana-de-açúcar
em 1998, a família Penteado vendeu a propriedade para o Sr.
José A. Nars que, em 2000, plantou os primeiros 100.000 pés
de café. Em 2001 mais 100.000 pés e em 2003 mais
100.000 pés.
Investimentos.
A
Fazenda São Luís investiu na mais alta tecnologia na
área de irrigação e de preparação
de grãos.
E
a torrefação surgiu com a baixa do preço de café
em 2008, que trouxe a idéia de industrializar o café.
O
primeiro café a ser produzido se chama Aroma Dourado, em uma
linha de expresso que é vendida em São Paulo. Depois
surgiu o Aroma Dourado em pó que também era vendido em
São Paulo e em outubro de 2012 desenvolvemos o Café
Pepira Dourado que foi levado para os mercados em Dourado em novembro
de 2012 e em dezembro começou a se expandir para outras 20
cidades.
Hoje
temos 500 supermercados vendendo o Café Pepira.
“Tradição
e Tecnologia num só gole”.
Fonte
de Pesquisa com base nos dados: Edição Especial do
Jornal “Café com Açúcar – A cadeia produtiva
da informação” - Setembro de 2013, realizado pela
EMEF Senador Carlos José Botelho sobre o Programa Educacional
“Agronegócio na Escola”.
Vejam
mais publicações sobre a História do Café
neste Blog:
(01/12/2010)
O Café em Dourado. (18/10/2011)
Memória Histórica de Dourado. (09/10/2012)
Vejam
também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário