segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A história do Café em Dourado.



Dourado nunca chegou a exercer um papel de grande centro econômico regional, sempre conservou suas características de pequena cidade do interior. A mistura de povos, mineiros e europeus, criou um ambiente caseiro que rapidamente se adaptou ao fato de o município ter diminuído seu número de habitantes praticamente pela metade. Hoje vivem em Dourado aproximadamente nove mil pessoas e o agronegócio continua fazendo parte fundamental da economia local, inclusive o café.




Café Helena.
Nossa primeira visita técnica ao café em Dourado foi na Fazenda Monte Alto, onde conhecemos a cadeia produtiva do Café Helena, que vai do campo à xícara, passando por todos os processos dentro da própria fazenda.
Ficamos conhecendo a sua história que se inicia com o avô da produtora, José Monteiro Novo que fez a fazenda e iniciou a produção do café. Anos mais tarde em 1926 exportava café para a Europa.
A tradição cafeeira continuou com o seu pai Edmar Monteiro, durante todo o século XX. E chegou até ela, que viu nisso uma oportunidade de criação de um produto de qualidade e paladar ímpar.

Assim, a cultura do café, neste caso, é uma tradição passada de pai para filha, pois Maria Helena Monteiro quis uma fazenda autossuficiente e toda área em volta era só de plantação de cana-de-açúcar, então decidiu seguir sua tradição familiar.
O Café Helena é cuidadosamente plantado, cultivado, colhido, secado, armazenado, classificado, torrado, moído e embalado na própria fazenda por uma equipe na qual as mulheres dão um toque especial desde o comando e em toda a cadeia produtiva, do plantio à bebida final, suavizando a centenária tradição masculina do produto.

O Café Helena é blendado por um especialista reconhecido mundialmente (Eduardo Monteiro Soto), resultando em três tipos (blends) com personalidade própria e características distintas e elegantes, destinados a apreciadores de cafés finos.

Fotos: Sede Fazenda Monte Alto.
Colaboração: Maria Helena Monteiro.





A administração dos proprietários visa à capacitação profissional, a geração de renda e emprego objetivando o resgate da dignidade humana e a redução das desigualdades sociais. Assim os funcionários recebem treinamento adequado e, principalmente, respeito.

Esse é o Café Helena de Maria Helena Monteiro, uma mulher empreendedora, inclusive premiada pelo SEBRAE em 2006, bem sucedida que, desde criança, tem o café em sua vida.



 
Café Santana.
O Café Santana do tipo coffea arábica da variedade Catuaí é plantado em Dourado na Fazenda Santana, região de terra roxa e fértil, de clima e altitude ideais, tradicional pela produção de grãos de ótima qualidade.

A tradição da Fazenda Santana no ramo da cafeicultura remonta do ciclo do café nos anos 40 até ser erradicado no final da década de 70 para ser novamente implantado no ano de 1997, a partir de quando o produtor Sr. Eduardo Caldas Von Haeling vem realizando de modo artesanal a cadeia produtiva completa, iniciada com a colheita manual e secagem em terreiro até a torra, moagem, embalagem e comercialização garantindo assim um café com alto nível de pureza e de excelente aroma e sabor.


Café Pepira.
Em novembro de 2012, foi surgindo um novo café nos mercados, o Café Pepira, que é plantado e produzido na própria fazenda. Café Pepira, por que esse nome? Por causa do rio Jacaré Pepira que passa por trás da fazenda e é muito importante para o município de Dourado.
Os produtores do Café Pepira procuram dar o melhor do café para os seus consumidores. Começaram com uma pequena produção que já se expande por todo o município e algumas cidade da região.
Conta com um maquinário novo e moderno para sua produção maior de café e para chegar mais rápido à mesa do consumidor.

Um pouco de história.
A fazenda tem mais de 200 anos, se chamava Fazenda Botelho e já chegou a ter mais de 100 famílias de colonos, nela havia escola e até teatro, salão de dança. A Atividade principal era o café. Depois a fazenda foi dividida em três fazendas a São Luís, a São Carlos e a São Delfino.
A família Penteado, que era proprietária da Fazenda São Luís, continuou com o cultivo do café e a criação de gado. Em 1975, com os baixos preços do café, a fazenda foi toda arrendada para plantio de algodão e aveia. Depois com os baixos preços desses produtos, em 1985, foi arrendada para a Usina. Com baixo preço da cana-de-açúcar em 1998, a família Penteado vendeu a propriedade para o Sr. José A. Nars que, em 2000, plantou os primeiros 100.000 pés de café. Em 2001 mais 100.000 pés e em 2003 mais 100.000 pés.

Investimentos.
A Fazenda São Luís investiu na mais alta tecnologia na área de irrigação e de preparação de grãos.
E a torrefação surgiu com a baixa do preço de café em 2008, que trouxe a idéia de industrializar o café.
O primeiro café a ser produzido se chama Aroma Dourado, em uma linha de expresso que é vendida em São Paulo. Depois surgiu o Aroma Dourado em pó que também era vendido em São Paulo e em outubro de 2012 desenvolvemos o Café Pepira Dourado que foi levado para os mercados em Dourado em novembro de 2012 e em dezembro começou a se expandir para outras 20 cidades.
Hoje temos 500 supermercados vendendo o Café Pepira.
Tradição e Tecnologia num só gole”.



Fonte de Pesquisa com base nos dados: Edição Especial do Jornal “Café com Açúcar – A cadeia produtiva da informação” - Setembro de 2013, realizado pela EMEF Senador Carlos José Botelho sobre o Programa Educacional “Agronegócio na Escola”.



Vejam mais publicações sobre a História do Café neste Blog:

(01/12/2010)


O Café em Dourado. (18/10/2011)






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