José
Modesto de Abreu é considerado fundador de Dourado, por ter
construído um rancho em suas terras situadas na Serra do
Dourado, em torno do qual deu-se início ao povoado.
Nesta
época (de 1891 a 1897) a agricultura já exercia papel
determinante do recém-criado Município. Entretanto, em
1900 era inaugurada a Companhia de Estrada de Ferro do Dourado
(Douradense), com sede na cidade de Dourado. A ferrovia teve seu
apogeu concomitantemente à cultura do café. A cultura
do café ocupava 5.902 ha em 1920 e representava 27,70% da área
total e era cultivado em 60% das propriedades do município.
Atrelado ao sucesso do café, a Ferrovia Douradense integrava
diversos municípios aos grandes centros, como Santos e São
Paulo, de forma a viabilizar as exportações da região.
A Companhia de Estrada de Ferro do Dourado atendia aos municípios
de Ribeirão Bonito, Boa Esperança do Sul, Bocaina,
Bariri, Jaú, Borborema, Tabatinga, Gavião Peixoto, Nova
Europa, Ibitinga, Itápolis e Trabijú, dentre outras
localidades, ultrapassando a marca de 300 Km de trilhos.
De
1900 até 1930 Dourado viveu seu apogeu, chegando a possuir
18.000 habitantes, aproximadamente, e exercia relativa influência
nas cidades que integravam a sua micro-região.
Com
a crise de 1929, deu início a redução das áreas
de café do Município, que nesse ano atingia,
espetacularmente, 60,30% da área do Município. As áreas
foram substituídas pela cultura do algodão e milho. Na
década de 60 a estrada de ferro, já encampada pela
Companhia Paulista de Estradas de Ferro, deixou de operar,
transferindo de Dourado para outras cidades enorme contingente de
ferroviários, estimado em cerca de trezentos. Com esse fato,
que aliado à queda da cultura de café, o Município,
que já apresentava dificuldades para se manter no mesmo nível
de anos anteriores, sofre enorme impacto, que refletiu intensamente
na sua situação sócio-econômica.
Antigo
prédio da CEF Em Dourado.
Dados
da Pesquisa:
Biblioteca
Pública Municipal de Dourado.
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