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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dona Cecília: preocupação com a história.



Informativo Municipal de 19 de Maio de 1990 – Página 07.

Ela é bisneta do Visconde do Rio Claro e prima do ex-presidente da República, Washington Luís.
Hoje com 82 anos residente em Dourado é uma incansável colecionadora de documentos que preservam a memória de sua família e paralelamente, assegure de uma época, de Dourado, e várias gerações. Enfim, esta mulher é Dona Cecília de Barros Pereira de Sousa Braga.

Dona Cecília de Sousa Braga nasceu em São Paulo, no dia 31 de julho de 1908, na casa do Barão de Piracicaba, localizada na rua Brigadeiro Tobias, 45. Ela é filha de Antonia que é casada com Everardo Pereira de Sousa. Antonia, a mãe, por sua vez é filha do Barão de Piracicaba (Raphael Tobias de Barros) e Maria Joaquina, que é filha do Visconde de Rio Claro.

Em São Paulo, Dona Cecília morou até os 7 anos, numa casa que poderia ser considerada um verdadeiro palácio. Eram 35 ou 40 quartos, ela não se lembra com certeza.
Na verdade era uma residência apropriada para os descendentes do Barão do Rio Claro. Dona Cecília conta que no período em que seu primo, Washington Luís, era presidente da República, ela esteve hospedada no palácio do governo, com sede no Rio de Janeiro, por vários meses.

Everardo Pereira de Sousa, pai de Dona Cecília, tinha propriedade rural na zona do Bananal, conta ela. Entretanto, as terras naquela localidade começaram a apresentar problemas de erosão no plantio do café e Everardo partiu para terras mais férteis, no interior do Estado. E veio parar em Dourado, onde se encontrava das melhores terras do Estado. E por aqui ficou com a família.

Como a época dos Barões acabou passando e os tempos são outros Dona Cecília adaptou-se a Dourado e hoje se preocupa em preservar a memória do que já passou. “Alguém tem que se preocupar com isso”, afirma ela, preocupada também em organizar parte da história de Dourado.

Autora do Livro “Evocação: usos e costumes nas antigas fazendas do Bananal”, atualmente esgotado, mas que deve ter nova edição dentro de pouco tempo, Dona Cecília além de ter recolhido farto material sobre Dourado, também já faz parte da história desta cidade.



Ver também:

Escritora Cecília Braga.


Rua Everardo Vallim Pereira de Sousa.


Os Carneiros e a Estrela.


Dourado: Início do Povoado.


Banda Marcial de Dourado.


Símbolos Municipais.


Praças de Dourado.


História Política.


Dourado em 2 tempos.


Fotos das Estações e Locomotivas da Douradense.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Escritora Cecília Braga.




Câmara Aprova o Nome da Escritora Cecília Braga - Arquivo Folha de Dourado No. 121 de 06/11/1993

A Câmara de Vereadores aprovou, através do projeto de Lei assinado pelo plenário, o nome da escritora Cecília de Barros Pereira de Souza Braga para a Biblioteca Pública Municipal localizada no Departamento de Educação da Prefeitura Municipal. A indicação havia sido feita na penúltima sessão legislativa, pelo vereador Newton Romano Alves Costa, mas o projeto de Lei foi apresentado pela vereadora Angela Sciarretta, que por sugestão da mesa deixou a iniciativa para todos os colegas de legislatura.

Sobrinha do Presidente Washington Luiz e filha de um dos fundadores da cidade, o intendente Everardo Vallin Pereira de Souza, Cecília Braga é uma das principais testemunhas do crescimento e da história de Dourado. Autora de estilo rebuscado e detalhista, é, sem dúvida, um dos marcos da cultura do município. Nada se compara aos preciosismo como se dedica ao arquivo das suas memórias, um legado inestimável a história do município.

Esposa de Ben Braga, a escritora por muito tempo colaborou com a "Folha de Dourado" sempre mostrando um vocabulário invejável e colocações claras. Um problema na vista, segundo ela, tem impedindo uma colaboração mais constante, mas na edição histórica do final da marcha dos três cavaleiros de Dourado ela voltaria a colaborar, através de um artigo enaltecendo Malheirinho, o organizador da marcha.


EVOCAÇÃO

Folha de Dourado, N.o 56 de 09/05/1992.

De um modo despretensioso, o objetivo e ao mesmo tempo, encantador, Cecília de Barros Pereira de Sousa Braga registra os usos e costumes nas antigas fazendas em um livro que acaba de lançar: "EVOCAÇÃO". Descendente de ilustre estirpe, trazendo no sangue, na postura, nos gestos, na graça das atitudes a finura e a classe de uma verdadeira brasileira bem nascida, a autora quis homenagear na obra seus antepassados e contar como pensavam e viviam os antigos Barões do café. A ação desenrola-se no Vale do Paraíba, começando no último decênio do século XVIII, quando se rasgava o Caminho Novo, à margem da qual iam nascendo núcleos de população: São João Marcos, Passa Três, Pouso-Seco, São José do Barreiro, Bairro do Sant'Ana do Paraíba, Bairro do Bocaina, Embau. Pelas trilhas dessas circunvizinhanças, chegava-se a Capela do Senhor Bom Jesus do Livramento do Bananal. Em Torno, havia opulentas propriedades, cujas casas grandes foram lentamente destruídas pelo tempo, conservando contudo, algo da grandeza antiga nos portais trabalhados, nas escadarias nos jardins invadidos pelo mato.

Na Fazenda São João do Remanso acontecem os fatos que Cecília evoca com tanta emoção e nitidez, transportando o leitor para a época dos últimos grandes senhores de imensas glebas, cultivadas pelos escravos, retratados com piedade e carinho.

Os capítulos vão fluindo como as águas mansas de um riacho: ora, são as atividades do homem do campo, a lida com o gado e a lavoura, o trabalho duro e sofrido dos negros, o labutar das mucamas nas rocas e teares ou junto aos tachos nas cozinhas imensas.

Há páginas de muita beleza como a Festa de São João, com a fartura de doces de abóbora, batata doce e cidra, colocados em longos tabuleiros; os pés-de-moleque e as rapaduras embrulhadas em palhas de milho, as danças e cantorias dos escravos, no terreiro. Antes de anoitecer, tílburis, caleças, landôs, coches, vitórias e troles trazendo os convidados, adentrando a fazenda, cujo casarão ficava repleto de convidados. Do teto da imponente sala, destacavam-se as pinturas a ouro. Simétricos dunquerques em recurvada forma barroca sustentavam os espelhos em molduras douradas, com suas folhas de louro entrelaçando as iniciais da família.

A fartura transbordava em doces como alfenís, balas de ovos, cones de fios de ovos e ainda, no vinho do Reino e Xerez, servidos em cálices de cristal sobre pesadas salvas de prata. Depois eram as danças ao som de esmerada orquestra. No terreiro, o batucar dos negros ia até alta madrugada. "Negro há de batucá/ Até o dia dispontá/ Até o dia clareá/ Até o astro-rei nascê".

O livro é todo ele, um vigoroso libelo contra a escravidão e, ao mesmo tempo, um hino de exaltação ao ideal abolicionista.

Todo aquele universo é puro passado . Mas visitando a região, pôde Cecília hospedar-se no antigo solar da família, agora transformado em hotel. Os móveis barrocos, as portas com maçanetas de cristal facetado e bandeiras em arco, o assoalho de tábuas largas, os lustres cujas mangas bordadas se abriam em tulipas, tudo parecia evocar ainda os velhos tempos.

A obra é ainda enriquecida da transcrição de alguns cantos afro-brasileiros e de vocabulário de origem tupi, usado no texto, como coivara, pitanga, urutau, xororô, entre muitos outros.


"Evocação" é uma jóia delicada e bem trabalhada, num relicário de mil lembranças. Merece ser lido com muito carinho pelos que amam sua terra e sua gente.

C. Siqueira Farjallat.



segunda-feira, 25 de agosto de 2008

História Política - Depoimento Dona Cecília Braga.





Tolerãncia, Amizade e Compreensão.


O meu avô, Pedro Luís era Ministro, trabalhava portanto na Corte, grande idealista, detestava o regime de escravidão mas não era rico.
O seu sogro, meu bisavô era escravocrata, latifundiário no Bananal e muito rico; tanto que conseguiu presentear cada genro com uma fazenda e bem grande! Gostava tanto do meu avô que quando ia passar uns dias na sua fazenda (naturalmente chama-se Independência e ele já havia arrancado cercas, demolido muros e destruído tudo quanto aparentasse ar de presídio!).
Mas o sogro o adorava bem assim a filha e os netos, mandavam então os carros buscá-los exigindo a presença de todos em sua casa gigantesca onde hoje funciona a Prefeitura do Bananal. Lá vinham eles com "armas e bagagens" mucamas, moleques de recados etc..., nos carros puxados por belos cavalos.
A nota pitoresca é a seguinte: havia muito descontentamento político, meu bisavô possuía grande soma de dinheiro em Londres e emprestara a Coroa digno a D. Pedro II, o que lhe foi possível durante a guerra do Paraguai e temia perder o braço escravo. Como poderia continuar a Cultivar a terra?

      Entretanto, aos domingos havia debates na praça pública, genro e sogro muito bem trajados com fraque, cartola, "Plastron" alfinete de gravata com pérola e brilhante, bengala, davam-se o braço atravessam a rua e já se encontravam no coreto rodeado de populares; era grande a afluência.

Começava o meu bisavô Manoel Aguiar Vallim elogiando D. Pedro, o Regime, defendendo a Monarquia em todos os pontos de vista terminando seu discurso dava lugar ao genro; o vovô Pedro Luís era inflamado, contraditório, veemente atacava a Monarquia desejava a República e contradizia o sogro em tudo asperamente. Findo o discurso ambos davam-se os braços novamente e voltavam a casa onde uma alta ceia os esperava.

Certa vez perguntaram ao vovô: Como pode um Ministro ser contra o regime?
É porque o Ministro vê as coisas de perto.
Conforme relata, um inimigo, político pode ser um grande amigo pessoal.
As vezes me pergunto se passou pela cabeça de alguns de meus avós possuidores de terras e escravos, credores de Bancos de Londres, etc., etc., etc., se... viriam a ter uma neta pobre!
C'est La vie.
Cecília Barros Pereira de Sousa Braga.
Arquivo – Folha de Dourado, nº 67, de 01/08/1992.

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História Política.
Intendência: O primeiro Intendente do Município foi o Dr. Maximiliano de Oliveira Sampaio (1897 - 1902) o segundo Intendente foi Calmélio Caldas (1902 - 1906).
O terceiro Intendente foi José Arruda Penteado (1905).
O quarto Intendente foi Francisco Martins Bonilha (1906).

 
PREFEITOS MUNICIPAIS: O quinto Intendente e o primeiro Prefeito Municipal foi Alfredo Augusto de Araújo (1906 - 1926).
Segundo Prefeito - Trajano Arruda Penteado (1927 - 1930), 3o. Prefeito - Arlindo Soares de Azevedo (outubro de 1930 a abril de 1931 e de julho de 1932 a outubro de 1932), 4o. Prefeito - Francisco Borja Cardoso (de outubro de 1935 a julho de 1938), 5o. Prefeito - Dr. José Inácio Camargo Penteado (de julho a agosto de 1938), 6o. Prefeito - Trajano de Arruda Penteado (1940 a 1945), 7o. Prefeito - José Buzzá (1945 - 1947).
O Golpe de Estado de 1930 estabeleceu um governo discricionário e em pleito Eleitoral em 1947, 17 anos depois foi eleito o Dr. José Buzzá para Prefeito Municipal (1948 a 1952), 9o. Prefeito - Elias Maluf (1952 - 1955), 10o. Prefeito - Moacyr Penteado Toledo (1956 - 1959), 11o. Prefeito - Edmar Monteiro (1960 - 1963), 12o. Prefeito - Elias Maluf (1964 - 1967) casado, 13o. Prefeito - Antonio Bueno Munhoz (19/07/1967 a 23/08/1967),

 
14o. Prefeito -
Antonio Bueno Munhoz (22/08/1967 a 31/01/1969), 15o. Prefeito Oswaldo Munhoz (01/02/1969 a 31/01/1973), 16o. Prefeito - Antonio Bueno Munhoz (01/02/1973 a 01/02/1977), 17o. Prefeito - Lafaiete Lozano (01/02/1977 a 31/01/1983), 18o. Prefeito - Oswaldo Munhoz (01/02/1983 a 31/12/1988), 19o. Prefeito - Dr. Ídio Carli (01/01/1989 a 31/12/1992), 20o. Prefeito - Lafaiete Lozano (01/01/1993 a 31/12/1996), 21o. Prefeito - Dr. Ídio Carli assumiu em 01/01/1997 a 31/12/2000, 22o. Prefeito - Dr. Ídio Carli de 01/01/2001 a 31/12/2004. 23o. Prefeito - Dr. Edmur Pereira Buzzá assumiu em 01 de Janeiro de 2005 e se reelegeu em 2008, 24o. Prefeito - Luiz Antonio Rogante Junior se elegeu  em Outubro de 2012 - mandato de 2013 a 2016 e se reelegeu para o mandato de 2017 a 2020, 25o. Prefeito - Gino José Torrezan mandato de 01 de Janeiro de 2021 a 31 de Dezembro de 2024.
Luiz Antonio Rogante Junior se elegeu em Outubro de 2024 - mandato de 2025 a 2028.

Fonte de pesquisa: Arquivos da Biblioteca Pública Municipal de Dourado.


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Histórico Centro Cultural de Dourado

*Em 2000 – inicia suas atividades, reunindo o acervo de três bibliotecas: Biblioteca Pública Municipal “Cecilia de Barros Pereira de Souza Braga”, Biblioteca Escola Municipal Antonio Monteiro Novo e Biblioteca da Escola Municipal Senador Carlos José Botelho.

*Histórico da Biblioteca Pública Municipal.

*05 de dezembro de 1984 – Criação da Biblioteca Pública Municipal de Dourado, Lei nº 391.

*04 de dezembro de 1993, denominação da Biblioteca Pública Municipal como Biblioteca Pública Municipal “Cecília de Barros Pereira de Souza Braga”.

*22 de agosto de 1994, entronização da Placa Denominativa da Biblioteca Pública no período do Departamento de Desenvolvimento Social (conforme Livro Ata – Ata nº 01).

*2000 – Transferência do acervo de pertences da Biblioteca Pública para o Centro Cultural.



Dados colhidos da Pasta da Biblioteca Municipal.


"Cecília de Barros Pereira de Sousa Braga"




Nasceu em 31 de julho de 1.908, quando o carrilhão do São Bento batia 3 horas e 30 minutos da madrugada mais fria do ano, em São Paulo, Capital, na rua Brigadeiro Tobias, No. 45, residência de seus avós maternos.
Pai - Everardo Vallim Pereira de Sousa, natural da cidade de Bananal, Estado de São Paulo.
Mãe - Antonia de Barros Pereira de Sousa, natural de Rio Claro, Estado de São Paulo.
Avós paternos: Conselheiro Pedro Luiz Pereira de Sousa e Dona Amélia Vallim Pereira de Sousa.
Avós maternos: Barão e Baronesa de Piracicaba.
Ali viveu do nascimento em 1.908 até 1.912. Por volta de 1.913, a família mudou-se para a Instituição Disciplinar de Menores no Belenzinho, na avenida Celso Garcia, No. 353, onde seu pai exerceu o cargo de diretor e responsável, com sua postura educacional das mais evoluídas, durante 30 anos.
Cursou o Colégio Stafford, São Paulo, até os 12 anos. Os recursos parcos provenientes do trabalho do Dr. Everardo e a distância da instituição dos centros urbanos, impossibilitava aos seus filhos de freqüentarem um colégio, por isso Dona Antonia, contratou uma professora para educar seus filhos em casa. Era Dona Funny Doebili, uma senhora suiço-alemã, que ministrou os ensinos aos filhos do casal, na língua francesa, por quatro anos.
Em seguida internou-se no Colégio Des Diseaux de Freiras belgas, em São Paulo, onde estudou literatura e terminou o curso ginasial.
Freqüentando a mais alta sociedade de São Paulo e Rio de Janeiro, por ocasião do mandato presidencial de seu tio Washington Luís, teve por oportunidade de conhecer palácios onde eram realizados os bailes oficiais. Nessas cerimônias teve oportunidade de conhecer e conversar com casais de embaixadores de diversos países, sempre em francês, que era a língua oficial (1.926 à 1.930) o que foi muito interessante.
Tempo de esplendor, luxo, beleza e muita riqueza. Dourado entretanto não saía do seu coração: sempre que podia vinha à Fazenda Santa Clara, que fora comprada pelos seus pais no final do século passado. Entretanto... a crise do café em 1.929 seguida da crise militar em 1.930, veio por fim à essa vida de sonhos. A linda casa construída pelo famoso arquiteto Mário Wately na Alameda Jaú, então sua residência, fora alugada e mudou-se para a fazenda Santa Clara, onde veio a se casar com Arcílio da Silva Braga (Ben Braga). Casamento este ocorrido em 07 de março de 1.934.
No civil - Realizado pelo 1.o Juiz de Paz Mário de Arruda Penteado e Benedicto Alves de Toledo, Oficial do Registro Civil, serviram como testemunhas: Domingos Faro, Francisca Buzá Faro, Gastão de Mello Oliveira e Maria de Abreu Oliveira, às 17:00 horas, na Fazenda Santa Clara;
No Religioso - Celebrado pelo Revmo. Padre Manoel Theotonico Macedo Sampaio, da Paróquia de São João Batista, tendo como padrinhos: Souza Mello, Sra. Cuba, José Buzá e Leontina Braga Buzá.
Tiveram um casal de filhos: Antonio Luiz (falecido aos 5 meses) e Anna Cecília, residente atualmente em Campinas, São Paulo. Mudou-se para Rio Claro, SP, em 1.940, conseguindo uma colocação na Secretaria da Fazenda, através de Dr. Coriolano de Góes, Secretário da Fazenda e ex-auxiliar de seu tio Washington Luís, no Palácio da Ganabara.
Haviam duas vagas: uma na coletoria de Rio Claro e outra em Santa Rita, Estado de São Paulo.
Certamente preferiu Rio Claro, o berço de sua família pelo lado materno, pois que hoje sua mãe repousa no jazigo dos Viscondes de Rio Claro, seus avós.
Nessa cidade, além de seu trabalho, obteve grande número de alunos de francês, pois naquela época era obrigatório esse idioma no ginásio.
Exerceu por algum tempo suas funções de funcionária pública em Dourado. Transferiu seu cargo definitivamente para Campinas onde se aposentou, com firmes amizades.
Tendo cumprido esta missão, regressou para Dourado, onde seu pai havia trabalhado arduamente no princípio do século, não só para formar a fazenda, como pela emancipação política do Município, onde foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal, luta esta desenvolvida ao lado do seu chefe e maior amigo Dr. Carlos José Botelho, Secretário da Agricultura, Colonização e Imigração, no problemático serviço de aclimatação do homem à terra.
De longa data vinha compilando artigos e crônicas feitas por seu pai, natural de Bananal, Estado de São Paulo.
Juntou-os em pequeno livro intitulado "EVOCAÇÃO", lançado em Campinas, na Livraria Papirus e em seguida Dourado, auxiliada por membros da alta sociedade e prestigiada pelo Rotary Clube de Dourado. Compôs também três músicas, sendo uma delas a glorificação do saudoso "Trem de Dourado" e as outras duas se encontram impressas no próprio livro.
Ultimamente colaborou com a Folha de Dourado, escrevendo diversos artigos sobre a cidade, tais como: O Escorísmo em Dourado, Dona Claudina, Os Barões de Dourado etc...
Sentiu-se honrada com o convite que obteve para doar o seu nome para a biblioteca da cidade que sabe amar, através da Lei Municipal N.o 744, de 04 de novembro de 1.993.
Espera que esta biblioteca ajude a comunidade e escolares em suas pesquisas e desperte o maravilhoso e sadio hábito de LEITURA.


UM SONHO
"Se Pudesse um dia ser rica novamente, construiria numa vasta área muitas casas para amparar pessoas queridas, que fizeram parte da minha vida e ainda vivem, numa situação difícil... Assim além de ter companhia tão grata, realizaria um antigo sonho".
"Cecília Pereira de Sousa Braga"
Reportagem: Paulo Elias de Menezes.