terça-feira, 27 de março de 2012

A História do Grupo Escolar - Dourado, SP.




A História do Grupo Escolar.

Quando a Câmara dos Deputados, de bancada oposicionista, levantou-se a voz, acusando a construção do Grupo Escolar no município em que o Dr. Carlos José Botelho era fazendeiro, respondeu ele sereno e decisivamente: “a verba orçamentária destinada pelo Governo à minha Secretaria é para construção de oito Grupo Escolares e dentro dela, como de Dourado, estou fazendo nove.”

Esta justificativa patriótica e honesta, foi água na fervura parlamentar. Ele poderia responder ao ataque dizendo ao acusador, que não construiu escola para seus filhos ou para os filhos dos seus colonos, mas sim, para um povo que tinha direito ao Ensino Público.

O Dr. Botelho desenhou o esquema da construção com sua própria bengala no chão onde a obra foi erguida.
O terreno onde foi construído o Grupo Escolar foi oferecido pela municipalidade em frente à praça São João.
O projeto foi idealizado entre 1907 e 1908 por Manoel Sabater, autor de inúmeras edificações escolares na antiga Superintendência de Obras Públicas.

Sua construção pode ser comparada a de Humbeeck, embora presente uma linha de estilo bastante peculiar.
Os ornamentos utilizados na composição das fachadas, são semelhantes a alguns que esse mesmo arquiteto utilizou posteriormente na elaboração de um projeto para o Grupo Escolar, em 1909.

Algumas pranchas originais estão identificadas de “Typo de Escola Mixta”. Entretanto as características da edificação são as mesmas dos demais Grupos Escolares, com oito salas de aula, isoladas 4 a 4 em alas diferentes. Separando as duas seções localiza-se uma sala destinada aos professores, o único ambiente administrativo existente na escola.

As salas de frente são separadas por uma divisória leve de madeira, podendo integrá-las num mesmo ambiente.

Com algumas diferenças entre si, quanto aos ornamentos, formas das evazaduras, as Escolas de Dourado e Ribeirão Bonito distinguem-se dos edifícios até então projetados, no tratamento formal das fachadas.

As aberturas ganham novo ritmo, concentrando-se duas a duas e os frontões normalmente situados no centro das edificações, passaram a ornamentar as extremidades do edifício.

Ao contrário do que ocorre na maioria das Escolas, nosso prédio mantém ainda as janelas originais de madeira.

No decorrer dos 90 anos de sua criação “A Escola passou por vários nomes”.
1909 = Grupo Escolar de Dourado.
04/09/1952 = De acordo com o Decreto 21.694 de 04/09/1952 – O Grupo Escolar passa a denominar-se Grupo Escolar “Senador Carlos José Botelho”.
21/01/1976 = O Decreto 7.400 de 30/12/1973 e ainda considerado o disposto no plano Estadual de implantação da Lei 5.692/71 – aprovado pelo parecer 990/72 do C.E.E resolve:
Artigo 1º : Adotar as seguintes medidas para a reestruturação da rede oficial de ensino da Divisão Regional de Educação de Ribeirão Preto, Município de Dourado.
Transformar o G.E. “Senador Carlos José Botelho” em Escola Estadual de 1º Grau “Senador Carlos José Botelho”.
23/10/1997 = Com a Municipalização do Ensino em Dourado em 1997, a E.E.P.G. “Senador Carlos José Botelho” passou a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Senador Carlos José Botelho”.
1999 = Escola Municipal “Senador Carlos José Botelho”.

Contribuição desta publicação no blog: Osvaldo Virgilio (Tijolinho).

Fotos da Edição Especial de 1999.







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quarta-feira, 21 de março de 2012

Praça dos Ferroviários - Dourado, SP



Também chamada pelos moradores de “Praça do Campo”. Está localizada nas coordenadas 22º 06’ 47.11” latitude Sul e 48º 18’ 53.71” longitude Oeste e entre a Avenida da Saudade’ e a rua Paraíba, no Jardim Paulista (FIGURA 11).




FIGURA 11: Visão panorâmica. Localização da Praça dos Ferroviários presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).



A Prefeitura Municipal de Dourado – SP nomeou o espaço público, defronte ao Estádio Municipal Parque São Pedro, dentro do perímetro urbano do município, com acesso pela Avenida da Saudade e pela Rua Paraíba, sob a Lei Nº 613 (de 20 de fevereiro de 1991) de Praça dos Ferroviários (Prefeitura Municipal de Dourado).
Em agosto de 1899 a CIA Estrada de Ferro de Dourado, “Douradense” iniciava seu projeto de construção e por mais de seis décadas impulsionou a vida na cidade e contribuiu para a expansão das fazendas regionais de café. Aquele desenvolvimento era fruto dos próprios habitantes da época, que viam em seus trilhos a oportunidade do progresso. Porém em 1966 a Douradense partiu, soando seu apito de adeus e deixando muitos sonhadores desamparados.1
A praça estudada carrega a lembrança dos bons tempos da querida Douradense que em homenagem aos Ferroviários foi construída e inaugurada em 19 de maio de 1981 (FIGURA 24) guardando histórias que, possivelmente, contribuirão para desabrochar interesses nas gerações futuras a respeito da cultura que preenchia as lacunas do desenvolvimento da cidade.
Sua dimensão não é grande e infelizmente, é pouco freqüentada (FIGURA 24.A) Geralmente a faixa etária da população que usufrui de suas acomodações, são crianças que passam pelo local e brincam entre seus bancos ou os jovens esportistas que aguardam os portões do Estádio Municipal Parque São Pedro (Campo de futebol municipal) serem abertos para iniciaram suas atividades diárias.

1 Disponível em: http://douradocidadeonline.blogspot.com.htm. Acesso em 28 ago. 2011.
 




Figura 24: Imagem de alguns ferroviários durante a inauguração da Praça dos Ferroviários em 1981 na cidade de Dourado – SP (IMAGEM: Lafaiete Lozano. Acervo Pessoal).
 





FIGURA 24.A: Praça dos Ferroviários (IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).


Inauguração da Praça dos Ferroviários, em 19/05/1981.
Homengem aos funcionários da CEFD (1900-1949) e Paulista (1949-1966): 
Da esq.p/dir. Antonio Gregorio (atrás),  Hercilio M.Falcão, Luiz Rodrigues de Souza e Sebastião Guedes (os 2 atrás) José Antonio  de I.Cezar, Antonio Justi, Pedro Mira Gimenez , Lair Lozano(atrás),  Benedito Sylvestre Pereira,  Antonio Poli,  Elpidio Ferreira (atrás)  Mafaldo Carli, Guilherme Murbach,  Domingos de Luccas, Vicente Lozano e Domingo Casadei.

Compartilhado pelo Facebook em 30/08/2013 por Nivaldo Oliveira e Deo Demeti.

Na exploração das entrevistas a maior contribuição dos relatos partiu da faixa etária entre 61 a 80 anos compondo 43,48% dos participantes. A mesma massa também mencionou o seu tempo de residência em Dourado – SP, afirmando ter mais de cinqüenta anos. Quanto cogitada a idéia se as praças de hoje são iguais a do passado 86,95% confirmaram que não. Se são freqüentadas, tanto para passeios ou recreação, (não necessariamente em todas) 100% exaltaram que sim, onde a mais citada foi a Praça São João Batista. Se ocorre algum tipo de atividade, 91,3% relatou que sim. E se os voluntários conheciam as variedades de plantas existentes, mais de 80% afirmaram que sim, comentando sobre as Palmeiras, os Ipês e as Sibipirunas.

Além disso, o estudo cultural dessas praças foi um tanto delicado para obtenção da documentação histórica, já que os aspectos do passado são deixados para segundo plano diante da estética moderna visada em outros tipos de trabalho. Nos depoimentos, muitos moradores relataram insatisfação pelas atuais condições das praças, expondo um ponto de vista completamente contra as reformas atribuídas. A justificativa exaltou as mudanças desnecessárias que acabaram abalando os momentos históricos, tanto nas lembranças da arquitetura local, como da jardinagem perdida. A partir daí, propõem – se uma significativa atenção para esses espaços já que a população possui intima relação na participação da administração histórica guardando fatos que, futuramente, podem contribuir para outros estudos. Entretanto, poucos ainda enxergam a conservação com real preocupação, onde a palavra Praça carrega mais que uma função de lazer. Sua potencialidade deslumbra e enriquece a mente humana quando se deixa levar pelos seus anseios fortalecendo, assim, o bem estar da coletividade.




AGRADECIMENTOS


A professora Flavia Cristina Sossae pela ajuda e orientação.
Ao professor João Carlos Geraldo pelas dicas e co-orientação.
A todos que contribuíram disponibilizando arquivos e memórias, cedendo lembranças e fotografias. Em especial a Adilson Carlos C. Guimarães, Afrânio José Donato, Ariovaldo Felippe Foschini, Attilio Jacobucci, Benedito Aparecido Honório, Clarice Lopes Pinheiro, Cleria Rossi Flores, Dircio João Roberto, Edmur M. Buzzá Neto, Elva Silva Motta Buzzá, Evandro Miranda Gonçalves, Guilherme Carli Pereira, João Carlos Ballestero Martins, José Finhana Riva, José Miguel Demeti, Kathya Lilian Carli Pereira, Lafaiete Lozano, Luiz Antonio Mastroangelo, Maria Cleuza de Oliveira Abreu, Natália Verrunes Tortoreli, Nereide Aparecida Mangini Neshikawa, Oswaldo Mariano, Oswaldo Munhoz, Suely Aparecida Romeiro dos Santos e Vicente José Lozano.
A Beatriz Rosalin por averiguar a gramática correta.
A João Carlos Brunelli Martins pelo apoio na classificação florística.
A Gustavo Guimarães pelo auxilio nas medições dos dados fitossociológicos.
A minha família pela força e entusiasmo diante as adversidades da vida.
A todos que cooperaram, direta ou indiretamente, com este trabalho, meu muito obrigado!


ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTÓRIA E CULTURA.

Gabriel Romeiro Donato.


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quinta-feira, 15 de março de 2012

Praça Nossa Senhora Aparecida, Dourado - SP



Também chamada de “Praça da Aparecida”. Está localizada nas coordenadas 22º 06’ 37.73” latitude Sul e 48º 18’ 48.69” longitude Oeste e entre as ruas Gaspero Fiamancine e Capitão Antonio Alves compreendendo a Igreja de “Nossa Senhora Aparecida”, no Jardim Paulista (FIGURA 10).


FIGURA 10: Visão panorâmica. Localização da Praça Nossa Senhora Aparecida presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).


A Praça de Nossa Senhora Aparecida recebe este nome hoje por pertencer a Comunidade e a Igreja de Nossa Senhora Aparecida.

Não consta na Prefeitura Municipal de Dourado – SP nenhum registro em relação ao seu nome ou decreto que comprove sua formação, mas é um lugar que se localiza dentro do perímetro urbano do município, no bairro Jardim Paulista (Antiga Vila Seca) e entre as Ruas Gáspero Fiamancine e Capitão Antonio Alves.

Em meados de 1985 os primeiros traços de alicerce se incumbiram de avisar a comunidade que a nova Igreja estava surgindo cujo nome deveria ser Nossa Senhora Aparecida. No entanto, em 1987 foram celebradas as primeiras missas e a Igreja era o lugar que englobava toda a população cristã.

Devido a isso, concordou–se em construir, para melhorar a imagem do recinto, um espaço verde urbano ao seu redor que contasse muitas espécies de plantas, inclusive árvores de médio e pequeno porte, iluminação freqüente, calçamento e bancos para satisfazer a vontade dos cidadãos, já que o lugar que circundava a Igreja, era composto apenas por gramados (FIGURA 23).

Somente em 2003 os primeiros vegetais foram introduzidos e entre eles o Schinus molle L., famoso Chorão, deu início a floração local. A partir daí, a luta para a aprovação da construção, apoiada pelos residentes locais e pela comunidade, foi com muito sacrifício, mas por volta de 2005, a tão esperada praça foi elaborada (FIGURA 23.A).

Hoje, ela possui uma grande freqüência de pessoas, pois sua beleza agrada e deslumbra os visitantes e, em todo mês de outubro, é celebrada uma meiga festa em louvou a Nossa Senhora Aparecida comemorada e querida pela maioria que se diverte com os quitutes e bebidas oferecidos pelos organizadores.



FIGURA 23: Área que compunha os arredores da Igreja de Nossa Senhora Aparecida no município de Dourado – SP, antes da construção da Praça Nossa Senhora Aparecida (IMAGEM: Cléria Rossi Flores. Acervo Pessoal).



FIGURA 23.A: Praça de Nossa Senhora Aparecida depois de sua construção em meados de 2005. A 1ª imagem apresenta as instalações. A 2ª imagem mostra a frente da Igreja (IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).


ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA

Gabriel Romeiro Donato


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terça-feira, 6 de março de 2012

Praça da Bíblia, Dourado - SP.



Conhecida pelos moradores como “Praça da Popular”. Está localizada nas coordenadas 22º 06’ 22.94” latitude Sul e 48º 19’ 09.30” longitude Oeste e entre as ruas Calméio Caldas, 24 de junho e Joaquim Cardoso dos Santos, no Conjunto Habitacional José Modesto de Abreu (FIGURA 09).




FIGURA 09: Visão panorâmica. Localização da Praça da Bíblia presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).




Ficou denominado pela Prefeitura Municipal de Dourado – SP, dentro do perímetro urbano do município, o espaço público localizado no Conjunto Habitacional Modesto de Abreu, entre as Ruas Joaquim Cardoso dos Santos, 24 de junho e Calmélio Caldas, sob a Lei Nº 1192 (de 26 de agosto de 2008) de Praça da Bíblia (FIGURA 22) (Prefeitura Municipal de Dourado).

Muitas brincadeiras são realizadas pelas crianças que residem nas proximidades desta praça que compreende uma área com cerca de 2.194 metros quadrados possibilitando a freqüência das pessoas para o lazer e recreação. A presença de uma quadra poliesportiva chama a atenção pela realização de múltiplas atividades, inclusive alguns professores utilizam o espaço para ensaios cívicos, juninos e outras comemorações que são apresentadas pelos alunos da escola do bairro. O espaço está destinado à ocupação de espécies vegetais de grande e médio porte que florescem o ano todo contribuindo como uma adorável vista paisagística no lugar.

Este logradouro nem sempre foi assim. Antes da sua construção o espaço pertencia a Fazenda Santa Clara (atual Santa Clara Eco Resort) que manejava um enorme cafezal invejado pela concorrência dos grandes proprietários rurais durante as épocas de colheita. Ao passar dos anos, o cafezal não esteve mais no auge das culturas de subsistência e o terreno foi possuído pela Prefeitura municipal de Dourado com o intuito de construir um loteamento, formando o que hoje se conhece por Conjunto Habitacional Modesto de Abreu. Muitas casas foram construídas e mesmo assim, existia um lugar (espaço livre) onde as pessoas realizavam cultos religiosos favorecidos pela enorme dimensão e melhores acomodações para o público. Atualmente, este lugar é a Praça da Bíblia, que foi elaborada há pouco tempo em virtude das atividades religiosas exercidas em datas comemorativas e em busca de um espaço de lazer para agradar os moradores locais.
 





FIGURA 22: Praça da Bíblia. A 1ª imagem mostra a quadra poliesportiva ao fundo. A 2ª imagem apresenta as instalações (IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).

ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTÓRIA E CULTURA.

Gabriel Romeiro Donato.



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