Companhia
Estrada de Ferro do Dourado.
O
fim de um tempo que marcou a história e o progresso da cidade.
Os
trens da Cia. Estrada de ferro do Dourado começaram suas
atividades em 1900. Aos poucos suas linhas foram aumentadas e
modificadas até o ano de 1920. A partir de então elas
passaram a ser divididas em quatro trechos (tronco linha de Ibitinga,
linha de Bariri, ramal de Itápolis e ramal de Jaú, além
do ramal de Dourado).
Em
1932 perfaziam um total de 273 km. Em 1949 o controle passou a ser da
Cia. Paulista da Estrada de Ferro, extinta em 1969 pelo governador
Laudo Natel que desativou muitos trechos de ferrovias do estado de
São Paulo.
Em
todas as linhas havia trens mistos, de cargas e passageiros; seus
horários eram cumpridos e observados pelas pessoas com muito
rigor, uma precisão britânica. O trem não podia
ou não devia atrasar; seu apito era referência de tempo
e horário para muitos cidadãos.
A
ferrovia trouxe muitas histórias de idas e vindas, de chegadas
e despedidas, de encontros e desencontros, algumas tragédias e
até fugas de grandes amores.
A
economia da região dependia e circulava por esse meio de
transporte, gerador de emprego e de progresso de cidades. Foi com
descaso que as autoridades da época agiram e atuaram no
processo de desativação dessas ferrovias. Um verdadeiro
desinteresse para com a história e com a estrutura que durante
anos foi o orgulho e o ganha pão de muitos funcionários
respeitados pela comunidade.
Existia
uma grande amizade entre eles e muito respeito e responsabilidade no
ambiente de trabalho.
Infelizmente
em 1969 tudo isso se acabou e hoje só ficou a história
para ser contada, pois em nossa cidade até os prédios
da Douradense foram destruídos pela insensibilidade de
autoridades municipais que demoliram a antiga estação,
o barracão da oficina e tudo que existia na área
pertencente à Companhia.
Fotos
do Antigo prédio da estação.
Hoje
pouco restou desse patrimônio. E, para que essa época
seja sempre lembrada, a Prefeitura quando reformou o Terminal
Rodoviário de Dourado homenageou a ferrovia e seus
funcionários, com um painel alusivo a eles e uma placa
metálica com a foto da antiga Estação Férrea,
lembrando que alí fora o berço da grandiosa Douradense.
Foto:
a
pintura envelhecida de uma Maria Fumaça, imagem que foi
inspirada em uma fotografia da época.
A
Locomotiva nº1, foi recuperada na Administração do
Prefeito Dr. Edmur Buzzá (2012). Num primeiro momento foi
exposta em frente ao Cirec e em 2013 na Administração
do Prefeito Luis Antonio Roganti Júnior, nossa querida Maria
Fumaça, foi transferida para a Praça dos Ferroviários.
Levantamento
de dados conforme pesquisa feita nos sites:
G1 Globo.com ;
e
JC
– Jornal da Cidade, ano 1, Edição 2, março de
2010.
Fotos
de alguns acidentes que marcaram a ferrovia por volta de 1949.
Vejam
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